Senhores e Senhoras,!

No último mês li na vossa revista um poema de Fernando Pessoa com um título "Liberdade".

Nas primeiras palavras dea minha carta queria dizer "Obrigada", porque hoje em dia não encontramos poesia nas revistas, nem nos jornais.

Quando tinha lido o poema de Pessoa percebi que fala sobre os meus problemas e duúvidas da minha vida. Graças ao este poema percebi que sou uma pessoa livre. Sei que estas palavras parecem um pouco esquisitas porque vivo num mundo livre e posso - geralmente - fazer tudo o que quiser.

No entanto o mundo, a família, os amigos, o marido, a escola, o trabalho, o país, a razão, etc. obrigam-me viver neste - e não outro - estilo. Pareço livre, mas sou determinada pelos tantos factores que já não sei como devia viver. Devia ler os livros, mesmo que não gostasse deles? Devia entrar para universidade, ainda que não gostasse de estudar? Devia ficar uma escritora ou uma pintora sem ter nada interessante para dizer ao mundo?

Fernando Pessoa diz que a decisão é nossa e que a liberdade verdadeira é: "Ter um livro para ler / e não o fazer!" O mundo vai sobreviver, o sol vai brilhar, os rios vão correr e a nossa vida vai durar.

Por outro lado, Fernando Pessoa não diz que não deviamos fazer nada, só esperar ao morte. Ele diz: "Mas o melhor do mundo são as crianças, / Flores, música, o luar, e o sol, que peca / Só quando, em vez de criar, seca." A nossa vida não pode ser seca, não pode significar só existência duma planta. Nós deviamos viver verdadeiramente, como as mães, os pais, como os artistas e os trabalhadores duma fabrica.

Mas no cada momento da nossa vida deviamos criar algo, deviamos saber que temos esta oportunidade. O mundo pode sobreviver sem um livro, as grandes religiões - como cristianismo - ainda estão vivos ainda que Jesus Cristo não soubesse nada de finansas nem escrevesse (pessoalmente) nenhum livro.

Por isso fiquei muito feliz, percebi que "a própria vida" é o mais importante na minha vida.