DI_40LM32b

Without Title

ID40
ParticipantR. Gonçalves
GenderMasculino

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para que é que serve ? hhh hhh desculpe tê-lo feito repetir a a leitura não eu eu próprio percebi que me mudei a leit mudi mudei a leitura a meio do mas hum a meio do texto ao princípio estava muito mais tr a despachar e depois sim , mas não não é por isso em que / quando nós lemos um texto pela primeira vez é natural que o lemos mais eh devagar e estamos a tatear ah eu fiz ao contrário , eu eu desacelerei à medida que fui lendo o texto na primeira depois é a meio sim mas não eu quero comparar as duas para ver como é que é hhh depois logo se hhh hhh hhh mas não se preocupe muito com isso vamos agora falar de outro assunto qualquer a menos que eh eh o teste lhe surgir al algum comentário , vi que é um bocadinho esperto para este tipo de de coisas derelativi/ relacionadas com os sons é por causa do coro ou é ? tem normalmente atenção à maneira como fala ? eunormalmentenãonãonão quer dizer não posso alguma vez ter ter anotado uma de ter notado isso mas sobretudo em conversas isso ter surgido sim tenho amigos meus que eh têm falado nesse nesse aspeto e têm falado hum hum ah o / o dizer ter brincado não se diz assim diz-se assado mas o que é que as pessoas costumam dizer ? as pessoas eh fazem muitos juízos de valor assim é que deve ser assim é que não / assim é errado " não,émaisbrincadeirasdeestilo" os lisboetas têm a maneira de dizer assim " hum hum sobretudo são pessoas de fora a dizer ? estou a lembrar-me de uma pessoa concreta do Ribatejo que / que costuma brincar com esse aspeto hum hum dizer " as pessoas de lis / os lisboetas têm a mania de dizer assim " não sei quê de comer as palavras , comer certo tipo de sílabas hum hum está é de não produzir as vogais era aquilo hhh não produzir as vogais hhh hhh não produzir a não acrescentar hhh hhh é não pôr de todo hhh e hum fazer queno coro no coro , penso até acho que nisso e e é que está ? nestemomentoestounumcorodo estou num coro de um movimento da igreja hum hum de um movimento católico ah hum hum ah hum essa preocupação com as sílabas surge naturalmente não com a língua portuguesa , mas com as outras com as outras hm inglês , alemão , italiano , latim queoutra que outras línguas é que fala ? querdizernocoro eu línguas línguas falar falo inglês e francês hhh sim quer dizer no coro leio-as hhh não sei o que é que estou a dizer muitas ve / maior parte das vezes claro hhh calculo mas lemos em latim , em alemão , em espanhol , em italiano em francês , em inglês li coisas em russo e em e em lín/ em outras línguas eslavas, também lemos uma ou dois coisas em línguas eslavas hum mas esqueci quais o que é que lhe pareceu assim mais difícil ? lembra-se ? o alemão claramente é ? hum claramente o hhh hhh a nossa língua não tem nada a ver com hhh às vezes costumo brincar hhh com com com a minha mãe que estudou alemão hum ah e ponho-me a a dizer sílabas sem qualquer significado com uma entoação alemã e ela costuma brincar comigo hhh a dizer que eu tenho que eu tenho sotaque alemão hhh tem um bom sotaque que eu não faço ideia , de certeza que eu não devo ter mas hhh mas pelo menos soa bem hhh claro eh são estruturas possíveis sabe que éumadascoisasquesetemditoéquequandoum/ uma pessoa aprende uma língua estrangeira normalmente começa por aprender a entoação dessa língua antes de aprender as palavras , aprende a entoação que a língua hhh eu é curioso em relação uma das coisas que eu eh / em relação a isso que está a dizer e que confirma muito que é em relação ao inglês comparo muito o meu inglês com o inglês da minha irmã a minha irmã não teve ah o uso de inglês que eu tive portanto , eu dou eh / eu também tenho mais cinco anos que ela , mas quer dizer mas mesmo tirando isso , dou muito mais uso no meu dia a dia e na na faculdade e nisso tudo que ela não não tanto hum do que ela mas por outro lado ela esteve num [//] um ensino mais especializado em inglês do que eu hum hum ela esteve no britânico vários anos portanto ela tem uma entoação uma pronúncia inglesa de muito melhor qualidade por outro lado eu tenho pior pronúncia , tenho mais vocabulário , mas quer dizer a pronúncia claramente pior claro hum hum embora e não tem pronúncia também mais de tipo americano do que inglês ? issoe mais isso que ela precisamente por ter estudado no britânico tem muito mais inglês do que eu claro tenho mais americano , claramente leio os livros americanos é os filmes americanos a influência é toda americana e depois fala como eles em termos de países em ter quer dizer em termos de sítios on de estrangeiros com quem eu falei inglês falei com ingleses basicamente e pe de outros países hum falava que não inglês nem americano , portanto de outras línguas com quem falava inglês hum hum claro tanto que esses também não / , normalmente , não falam nem nem inglês nem americano quer dizer falam é assim uma mistura como nós a língua deles> é a língua deles pois , exatamente hhh mas assim hhh f é mais foi eh falei mais com ingleses , porque estive estive estive em ingla estive em Inglaterra várias vezes do que propriamente com com americanos hum hum que não pois mas é mais uma questão de vocabulário provavelmente ou de entoação do que nunca estive com tantos o quê ? não perce a a maneira de de de de que usa a pronunciar é diferente da da sua irmã primeiro porque eh ela é mais inglesa ela tem melhor pronúncia mais inglesa , mais british ela tem melhor pronúncia mais pronúncia e não mais british , quer dizer a minha é mais portuguesa do que pro inglês ou americana hhh ah é é mesmo de é mesmo mais portuguesa , quer dizer sim hhh como diz uma pessoa amiga minha dev como dizia Eça de Queirós devemos falar portuguesmente mal hhh as outras línguas hhh exatamente hhh exatamente hhh mas mas / mas quer dizer não não é por op opção é mesmo , porque eh não tenho a pronúncia claro mas sabe que mesmo assim acaba sempre por falhar falar melhor do que qualquer castelhano ah sim , esse se / ouvi falar e realmente <já notei> notei que hhh esses não têm mesmo hhh jeitinho nenhum para o inglês é horrível os brasileiros também têm um péssimo inglês é os brasileiros não me admira , porque entre o castelhanho <e o> [ / ] e o português do Brasil existem muitas semelhanças curioso hhh quem diria hhh hhh bem parecia que aquilo não era bem português hhh sim sim hhh nós costumamos chamar-lhe português do Brasil ah até até começarmos a chamar-lhe outra língua hhh pois , eu chamo-lhe mesmo brasileiro hhh se calhar estou errado , mas para mim aquilo não é bem português hhh hhh nós te ah não , isto é uma questão de cerimónias , nós hhh não eng / e quer dizer e essa questão do brasileiro é uma questão por exemplo é uma questão que eu tenho tenho dado outra atença tenho tenho, pronto agora por causa estar a falar deou / de se ter falado da pronúncia das palavras hum ah hum uma outra ocasião que eu me lembro claramente em que se falou da da questão do português, da entoação do português e do do da questão do português e do brasileiro, por exemplo foi / quando o Santo Padre ah aprovou o nosso missal hum hum tantoquese  três ou quatro anos em que respeitou a estrutura brasileira e não o portuguesa portanto e lembro-me que na altura isso veio e agora com a questão do ac acordo ortográfico ainda veio mais lembro-me mas / mas lembro-me que foi uma uma uma altura que isso eh teve ocasiões em que se em que eu tinha dedicado atenção a isso e essa foi uma dessas que me lembrar pois ah isso mas bem não é bem tanto a padrões , mas é realmente em relação ao português e ao brasileiro hum ah a questão é complexa e n e do ponto de vista linguístico nós dizemos que estamos perante línguas diferentes , quando os falantes não conseguem compreender a ou a outra variante agora no eh eh isso isso que está a dizer é , porque na / o movimento de quem que pertence nasceu em Itália tem de ser da Itália e por exemplo nós / ah / o movimento costuma fazer costuma fazer na Páscoa e Natal cartazes portanto um cartaz simples com com uma imagem e uma uma uma frase hum hum ligada ligada à época eh e o cartaz desta Páscoa que saiu uma que chegou a Portugal uma ou duas semanas é feito em Itália foi feito em Itália e o movimento está mais tempo hum e mais implantado , também , por exemplo , maior no Brasil do que em Portugal hum hum e mesmo assim mesmo chegou mu bastante mais anos e hum eoque foife/ foi feito atendendo à nece / ah associação brasileira e não portuguesa e têm o quê ? portanto , então , tem uma palavra que é ah a palavra não é esta , mas a a ideia é esta por exemplo aumentar-se ok hum nós diríamos aumentar-se-á a palavra não é aumentar , não me lembro qual é , mas pronto , mas a situação é a mesma hum nós diríamos aumentar-se-á e eles dizem ? dizem não sei quê aumentar-se ah irá aumentar-se ou irá aumentar-se , exatamente hum a palavra não é aumentar-se , mas é eles dizem a a palavra lembro-me é irá não sei quê se portanto uma palavra terminada em se exato que em português diríamos aumentar-se-ia exato e então o responsável do movimento dizia brincava com o facto que é assim, eles tiveram de pôr assim, porque se pusessem aumentar-se-á ninguém percebia os brasileiros não percebiam hhh achariam estranho , pois ah essas coisas acontecem , mas são pontuais , muitas vezes é o onde mais dificuldades de compreensão é ao nível do vocabulário propriamente , por exemplo ah colibri ah guaraná ah Coritiba , quer dizer eh tudo isto são palavras p opacas para um português claro de Portugal mas isso não são não são nomes próprios ? ah hum uns são , outros não ok , é que nomes próprios é natural também nomes próprios é natural , mas eh tirando nomes próprios , existem palavras comuns mas muitas palavras muitas palavras é são ah do mesmo gênero e ain e depois é impressionante e é um assunto que também de certeza tem sido muito estudado tem origens diferentes hum e muito analisado em Portugal que é a influência a que a Língua Portuguesa começa a ter na Língua brasileira via não tem sido muito estudado , infelizmente não ? ah , eu pe pensei que ia dizer que não tinha infu não tem havido muita influência não tem tem havido é o tem havido alguma influência , mas se calhar não tanto como a gente às vezes pensa , mas mas existem é ? não em expressões fice ah fixas ah sei o hhh tudo bem hhh ah eh agora não consigo recordar , mas assim umas quantas expressões entraram no no português por causa do mas é engraçado , que palavras , eu reparei que palavras que foram introduzidas em Portugal pelas telenovelas claramente quer dizer eu notei que antes de disso não existiam não se falavam sim que são palavras de origem portuguesa não se falava , olhe , este de origem portuguesa não sim, muitas delas não têm mas este não se falavam que você disse não se usavam é brasileiro é é brasileira como é que seria em português ? não se usavam não se diziam , agora não não se falar não não não te pois não ai acredito claramente é dizer dizer ah viu o seu campo de ação restrito por causa do português do Brasil , porque eles utilizam ah falar muitas vezes nos contextos em que nós usaríamos dizer e então o pois , percebo eu vou dizer-te eu vou-te falar pois e ah se bem que não exatamente desta forma , mas o verbo falar veio substituir muitas vezes o verbo dizer / é pois pois , olhe , até eu estou hhh não é <toda a gente> toda a gente e não vejo telenovelas hhh não vejo telenovelas eu eu digo isso mu / ah muitas vezes claro ah hum não , mas por exemplo palavras que eu reparei que são palavras que os meus avôs diziam hum hum que se que se deixaram de dizer e que se voltaram a dizer porque se dizem no Brasil agora não me lembro de nenhuma , mas assim palavras antigas e coisas curiosíssimas , por exemplo à / à dias entrevistei uma senhora que foi professora no Brasil durante / hum dez anos ela é portuguesa de Lisboa e / hum ah achou curioso porque , salvo erro a no Rio de Janeiro e em Coritiba notou uma diferença en engraçada que tem a ver com a época em que ah o português para foi chegou que era ela mandava os alunos ir ao quadro numa das cidades e mandava-os ir à lousa ah no / no outro , porque se não fosse assim elas não compreenderiam , quando ela mandou alguém ir ao quadro não sei se era em Coritiba , se era hhh no Rio ah ficou tudo que é isto ? mas aonde é que eu tenho que ir agora ? o que é que se passou ? mas qual é a palavra portuguesa ? ambas são portuguesas , que lousa é é designa não é usado designa aquele quadro antigo que era de lousa e que não sei que mais exato , lousa é o material sim o material mas eh hum era aquilo que se usava nas escolas primárias eh muito muito tempo , hoje em dia não se usa escola e entrou , obviamente , no tempo em que se usavam as lousas e que se escrevia com com aqueles lápis de pedra pois e hum e portanto a a expressão cristalizou isto é exato exato exato exato exato manter-se assim durante todo este tempo em contrapartidas nos outros sítios ah foi mais modernizado e eh e evoluiu e está como se diz portanto estas coisas acontecem é agora ainda a propósito da da das pronúncias ah lembro-medeterfeitoumpequenotrabalhonono quando estive em Barcelona em que de co / eh tinha uma gravação feita entre uma brasileira e uma portuguesa e depois pus pessoas de diferentes nacionalidades a ouvirem a gravação os castelhano os que falavam apenas castelhano ou falavam o castelhano como língua materna / percebia o português do Brasil e não percebiam o português de Portugal , portanto percebiam umas das intervientes e não a outra curioso por isso é que é por exemplo acontece-nos muito no movimento quando vêm italianos hum hum eelesdizemaspalavrascomapronúncia precisamente porquê, porque o o contacto maior que têm é com os brasileiros do que com os português, dizerem as palavras com a pronúncia brasileira hum é dias o que houve agora na Páscoa na na veio que ele dizia , não sei se a palavra era esta , mas ele dizia " saudade " claro saudade hum hum era assim que ele dizia , depois tivemos a ensinar como é que se diz em português que era sauda de hhh aquele hhh / e / hum e uma coisa curiosa que mas isso é de outra não tem nada a ver com os brasileiros com ingleses com alemães sabe Deus se os / os povos anglo-saxónicos e n / e por exemplo na Rússia aconteceu-me isso também e/ e aondeéqueteve acho que me aconteceu o mesmo, também, nos países Escandinavos hum quando me ouviam falar e depois aqui não é a questão de ouvir falar , também é o aspeto portanto pois o ah a fisionomia a fisionomia chamavam-me italiano nunca português pois bom , também para esses também ninguém sabe o que é Portugal nem o que é português ai pode não se ve poisn/ exatamente, é assim eu também se vejo um sueco ou um finlândes, também posso chamar finlândes, sueco ou norueguês ou outro para mim são todos iguais hhh e a língua também não consigo distingui-la depois pode não ser a mesma ai ai pode ser isso , por outro lado uma todo o aspeto de atitude fisionomia e tudo mais , mais pois ah , mas coisas linguísticas muitas vezes mas o português de Portugal hoje em dia na na variante que você fala eh hum aproxima-se muito em termos estruturais , por exemplo , com o inglês que é de Lisboa a variante que eu falo agora é o quê ? ah de Lisboa hhh agora não sabia muito bem se era variante tipo hhh a pronúncia de Lisboa , se era ah não , a regional sim se se era alguma variante que a gente tinha hhh não não não ah da maneira que você fala a aproxima-se bastante em termos estruturais em muita aspetos com o inglês inglês o ing / eh e é por causa disso também que é normal que um português / o quer dizer <queumpo/>[//] que é normal eufaloinglês eu falo português como como esp ah , os de Lisboa falam português não comoosingleses como os londrinos falam in / não não é isso como ing perdi-me não é isso o a maneira como você fala português eu a estrutura é mesmo igual à inglesa ? não é igual não percebi é semelhante à inglesa em que as / em que sentido ? ah por exemplo no facto de as vogais desaparecerem muitas vezes não ter as vogais , o inglês também é assim ah masoinglêspuroestou estou a falar do inglês puro estou a falar do inglês inglês o inglês inglês é muito assim também também tem uma série de sílabas cujas vogais desapareceram tem uma série de outras coisas eu tive a ano e meio na Escócia hum hum e curiosíssimo que / é que não se percebe nada terrível elas tentam mudar para se entender terrível hum hum e e quer dizer é um bocadinho é quase a mesma coisa de a gente ouvir falar um açoriano ou coisa assim , quer dizer hhh é quase a mesma coisa que não se percebe nada é é é eles próprios têm dificuldade a entender se for , então , daquelas pesso eles próprios é eles fazem isso por gosto muitas vezes que é para mostrarem a sua ah claro individualidade hhh e tudo mais pois é bom falamos muito de de linguística , o melhor agora é falarmos de outras coisas , conte-me do seu trabalho o que é que você faz por ? tem muito muita gente a consultar ? hhh hhh a empresa a propósito é consultoria ou consultadoria ? isso é um problema que hhh hhh o que é que costuma usar ? nós costumamos usar consultoria sim aquemuse por exemplo ainda hoje tivemos aula com o professora A. Bernardo da , também é outra consultora hum hum que diz consultadoria se calhar leu muitos manuais traduzidos em português do Brasil hhh em brasileiro é consultadoria ? se calhar seria mais normal esperar deles consul cons consultadoria do que de nós não sei é ? toria consultoria eu digo consultoria mais até por uma questão mais estética , soa-me mais bonito consultoria quanto quer dizer digo isto mais até claro por não por pensar que se diz assim , mas porque me soa melhor a mim e digo assim hum hum não é por acaso não mas não sei não sei se é um uso eu gostava de saber hum eu com franqueza acho que com um o português europeu d devia usar sistematicamente consultoria , porque é com consultor até porque nós não dizemos consultador dizemos consultor consultor , consultoria e não consultador nem consu consultadoria , como é óbvio doria soa-me mais artificial no entanto nós temos várias palavras em que usamos a forma parecida com consultadoria , portanto várias coisas exato é uma perca , é uma perda isso percebi que ah sim como é que é perda era antigo e perca é mais recente , não é ? ou não ? não esse tipo de palavras não não houve uma transformação qualquer ? eh não uma transformação , mas eh as duas variantes são / são atestadas mas sempre existiram ? ah a perda perda era perder , como é obvio e perca também é é que eu li tive a ideia que que era mais antigo sim , devia ser , porque eh respeita o étimo e tudo perdere um é original que perca perdere pareceu-me extremamente eu eu li isto numa gramática qualquer que tenho para é é uma forma mais contraída com uma substituição de um dos sons ah em princípio é uma entoação as duas são as duas são atestadas , sempre resiste para dizer das duas maneiras eu digo por exemplo outra questão que no que nós nos escritório temos eu nunca diria a perca de in de identidade diria sempre a perda de identidade hum , curioso não sei se o diria mas hhh é provável que não e não porque é que isto muda se quer não não a perca de identidades para , então repare noutra coisa eu nunca diria perca , diria perca o facto de perca o peixe bom o existe sim hhh pois claro hhh agora comecei outro , não nós no escritório temos outra questão que é não me lembro da pronúncia , não é pronúncia , mas a a forma como as palavras se escrevem até porque como somos consultores o nosso output final é um é um relatório hum hum e portanto temos algum temos de estar um bocadinho atentos à forma como escrevemos naturalmente e / hum por exemplo aqueles inglesismos que nós usamos tipo rentabilidade palavras como rentabilidade nós escrevemos escrevemos rendabilidade porquê ? e rendível porque ficamos com a noção de que rentável e rentabilidade não eram utilizadas seriam traduções diretas do inglês e que não seriam as palavras corretas não , podem usar rentável hhh hhh hhh problema nenhum hhh propósito quando vos surgem dúvidas o que é que vocês fazem ? que têm que ter alguma atenção à forma pronto é assim nós temos de le muito concretamente imeadiatamente é que eu devia ser consultora linguística hhh acredito hhh é assim nós devia ser a unica maneira de eu ganhar alguma nós usamos nós usamos hhh / uma coisa muito útil que é um dicionário hhh pois depois ainda por cima o dicionário é hum é um dicionário pelo o aspeto dele deve se deve ter para uns trinta anos pois mas isso assim não serve eu não sei porquê eu gosto muito de dicionários de de trinta ou quarenta anos é ? acho que naquela altura se falava melhor do que se fala agora hhh hhh não sei porquê desconfio mas que é diferente hhh eu desconfio muito eu desconfio muito eu sou muito conservador , portanto hhh essas coisas não me fazem confusão nenhuma eu desconfio muito dos dicionários atuais , com estas coisas dos acordos não sei como é que isto vem o não eh / por enquanto ainda não nenhum atualizado de acordo com esse acordo eu não faço ideia , eu desconfio tanto disso hhh sou um bocado cético nessas coisas hhh e portanto não , mas deve desconfiar também dos dicionários , porque os dicionários também não são assim são coisas falíveis , não é , são feitas por homens ah pois,eu pois, acredito é muito complicado não é ? eh basta que nós comparemos ah dois ou três que são em princípio , cópias uns dos outros por exemplo todos os da Porto Editora , nas mais recentes edições , basta que nós comparemos as edições de três anos consecutivos para nós verificarmos que diferenças ah existem diferenças , mas os erros se mantêm e eh os erros da classificação , os erros de então quais são os que não têm erros ? ou que tem menos erros ? nenhum hhh nenhum, olhe se eu se eu lhe apresentasse uma colega minha ela passaria horas a dizer-lhe hhh quais são os mais fiáveis ? hhh sobre os erros dos dicionários eh claro hhh não , nós , normalmente , vamos o dicionários e depois também um bocadinho de noção quer dizer às vezes certas palavras que não temos a certeza , mas que como temos de decidir na altura não pois , tem que se despachar e é e pois e é que nem nem se coloca que nunca tal me passou pela cabeça uma consultora linguística fazer uma coisa perfeitamente , mas n nunca se co / nunca se colocou essa questão para nem sabia que não, mas eh repare talvez para para para para para vós temtodaa tem todo o sentido haver tem todo o sentido haver mas nem nunca me passou pela cabeça que pudesse haver consultores linguísticos para nós deveria haver e existem pessoas especializadas em linguística ah eu sou com mercados uma pobrezinha criatura no meio dessa gente toda , mas , enfim , trabalho com eles hhh ah sou professora de linguística , tenho algumas responsabilidades hhh na área também lógico seja com for ah não não estão criados e deveriam estar ah gabinetes de de consultoria linguística , penso eu pois , não se criou esse mercado porque eh mas mas deveria criar-se de certeza que dinheiro / porque repare os jornais as televisões nos jornais , então ah as rádios estão pejadas de gente que não sabe o que diz hhh eu sei ah pois não sei não tem a menor consciência se quer da influência que tem a forma como diz e depois e depois é assim quando os quando os meios de comunicação social ou melhor quando as pessoas que trabalham entre os meios de comunicação social têm por trás curso de Jornalismo eu ainda que não é agora quando são técnicos que não é da área a escrever sobre qualquer assunto hum é por exemplo eu tenho um amigo meu que fez o curso de Jornalismo e foi para a Bola é uma pessoa quando que o desporto sempre o fascinou , quis para a Bola e está ó / está a adorar aquilo e não sei quê e portanto é / é um jornalista de um jornal hum com uma qualidade à partida conceituado , não ? hum conceituado não sei qual é o nível médio do dododo das votações não,conconsiderando considerando os vários jornais agora eu estava a pensar em termos descobri que aquele era aquele é dos melhores aié?pronto,assim> [//] mas é assim, mas é um meio que à partida não espero grande qualidade sim portanto , mas sei que aquele é uma pessoa como como tem formação em Jornalismo tem com certeza uma formação boa e não não deve cometer muitos erros mesmo que cometa algum pois claro agora não acredito que num meio de jornais desportivos que haja para muitos jornalistas de formação sim sim , a maior parte são pessoas que curiosos tenham sim sim, curiosos são curiosos com certeza ou então no no no nosso caso os economistas são pessoas com formação superior em economia hum hum são economistas o que não quer dizer que depois tenham boa escrita e uma boa fala claro portanto e quem diz economistas , diz qualquer outra qualquer outra profissão , portanto quando se tornam jornalistas claro claro pode-lhes falhar essa parte da da da da da parte escrita ou da parte falada sim sim são técnicos , quer dizer são técnicos área não naquela , portanto por isso é que hum hum ah por isso ah bocadinho falei-lhe de uma pessoa que tinha entrevistado e que tinha falado naquela di diferença entre lousa e quadro no Brasil essa pessoa é engenheira não sei do quê nem sei qual era o curso dela exatamente eelafoiparaoo foi para o Brasil e quando chegou ela ia para ir trabalhar numa empresa qualquer acontece que no colégio onde ia deixar os filhos eh houve não uma vaga , como se calhar até uma vaga feita de propósito para que é para a convencerem <a ela> [ / ] a ela a ir dar aulas resumindo e concluindo ela acabou por ficar dez anos a dar aulas de português hhh porquê ? porque era de Portugal claro porque poderia impôr uma norma melhor imagine [/] imagine a a a tacanhez daquela gente pois , se eles falam de uma forma completamente diferente queriam um professor que fosse hhh ensinar uma língua estrangeira hhh visivelmente ainda por cima uma pessoa sem formação na área do português claramente portanto uma engenheira que o  o o pois que/ que habilitações tem ela para ir dar português ? para português hhh a a eu se calhar não agora não me importava que engenheiros , mesmo que fossem engenheiros ensiná-los hhh hhh português / que pelo menos é deve ser melhor do que aquilo que eles têm hhh sim sim , eu não tenho problemas nenhuns com isso , mas qualquercoisamelhor qualquer coisa hhh mas acho nem que fosse um técnico daqueles hhh não , eles nunca vão mudar a maneira de falar por causa de meia dúzia de professores ou até de uma centena ou duas de professores não , então , e depois é muita gente Estamos a falar de cento e setenta milhões de pessoas , quer dizer hhh é impossível nós é que vamos falar como eles daqui a não sei quanto tempo isso é mais natural não me admirava nada é verdade ah bomoqueeu o que eu vejo é que o português do p de Portugal e o do Brasil estão a evoluir em sentidos divergentes em muitas coisas ai isso é ótimo hhh e e portanto isso eh eu acho que no futuro , talvez para o ano hhh três mil nós eh devemos ter duas línguas hhh eu acho bem não acho mal hhh hhh gosta desdequenãoseja desde que não seja os portugueses aproximarem-se daquilo hhh não / quer dizer não não / logicamente não é não é bom / se isso acontecer não é bom mas coisas que nos mas mas eles têm uma política de divulgação linguística a sério , não é igual à nosso mais forte que a nosso e isso de repente está a lembrar-me de uma coisa e agora disse isso , coisa que é que é que é uma / uma falha terrível nossa eh na queéocasodecertospaísesFrancosapa/ pa / certos países Africanos de expressão oficial Portuguesa estarem começarem a deixar de ser de expressão oficial Portuguesa claro não é , acho que é o caso da Guiné que está a passar para Guiné e Fran França é como é é Moçambique é o não sei e que sim e Guiné com com os franceses presentes , não foi ? sim sim é eh e acho que o caminho acaba por ser se Portugal se não tiverem apoio nosso claro sim e repare e isso acontece em todo o lado mas é assim eu acho naturalíssimo também não logicamente,porqueéque porque carga de água eles hão-de usar o português ? quer dizer nós nós nós  nós se não ganham nada com isso durante séculos andaram a chateá-los eles andavam tão tranquilos da vida hhh não chateavam ninguém foram os portugueses chateá-los durante todo este tempo , agora ainda querem conse continuar a massacrar com a língua eles sempre continuaram a falar as suas línguas ahs/poisissoofacto ne / ne nesses países, pois, nesses países eles adotaram uma língua estrangeira, quer dizer enfim olhe , eu não sei se adotaram uma língua estrangeira muitas vezes sim , mas a maior parte da população não a fala não a fala pois , mas a que a falam falam falam português , quer dizer portanto o mudar a lín mudar a língua é assim acho que tem todo o sentido continuar a aprofundar a língua a língua que adotaram agora até porque hum muitas vezes essa língua é to é mais fator de unidade nacional do que propriamente as as línguas eh locais ah hum deles são mais do que usam hum agora é é são sempre coisas complicadas a agora acredito claramente que isso é assim , se eles não tiveram qualquer apoio por parte que de de de identidades portugueses , porque carga de água é que eles hão-de manter aquela ? claro se houver outro e depois aqui é claro aqui é como tudo se outros te derem mais dinheiro hhh sim sim ah , mas eh eu referia-me a uma outra coisa que era o facto de os leitores de hum português no estrangeiro serem a maior parte deles brasileiros hum não exatamente aqueles que são financiados pelo o Instituto Camões que quem tem a política de línguis eh como responsabilidade exato mas eh por exemplo em Barcelona , onde estive / aquela vez eh conheci as pessoas que estavam a lecionar português e uma era portuguesa e três eram brasileiras então mas eram patrocinadas por quem ? pelo Instituto to / to brasileiro pelo o governo brasileiras , as brasileiras e e pelo o Instituto Camões a portuguesa pois portanto era uma contra três e e a portuguesa estava em posição subalterna portanto claro hum pois eh ah que normal é que elas ensinaram ? cada qual ensina-a com a sua com a sua pois as línguas diferentes os alunos de de ano para ano , mudando de professor aprendiam línguas diferentes viu ? vou perguntar agora o acordo linguístico que pretenderam unificar o quê ? oacordo acordo luso-brasileiro pretendia que não houvesse a tal separação que disse que tenderia a haver o acordo era uma espécie de / eh consenso para ortografar palavras não é mas o consenso para ? o acordo é / um consenso para , ou umas vezes outras vezes para e outra vezes não era nem uma coisa nem outra porque estabeleciamumaformaquenemera<aqueela>/ a que eles usam / porque eles usam uma ortografia diferente , nem aquela que nós usamos e / hum masaltera pou / ah / mas do ponto de vista do português altera muito pouco as palavras ah à partida começou a pensar-se que eram muitís / que era muitas as palavras que iriam ser alteradas eu sei , eu escrevi-as , eu sei as aberrações sim , claro apareciam essas para fora se aquelas mais chocantes ah acredito mas não o número de palavras al / al alteradas ortograficamente não não são muitas as previstas no acordo eu ainda não tenho o sexto do revisto / do do acordo, esse que foi aprovado, acho que yyy foi aprovado ? não fazia ideia axho que sim , acho que foi aprovado por por todas as Assembleias Nacionais mas não sei se está em vigor ou não que eu saiba ainda não nenhum hhh livro escrito de acordo com aquilo o por o português agora , de repente lembrei-me , o português agora está com outro problema que é a poss / a possi possibilidade de se ver de de ser banido da das comunidades europeias como língua oficial pois essa também é forte essa também é um bocado grave essa é é muito forte mas num dias em que eh não os políticos mas todas as outras classes sociais , mesmo mesmo as das pessoas mais ilustradas têm ah orgulho em falar inglês , francês , espanhol ou tentar aproximar-se da língua de qualquer estrangeiro que encontrem na rua pois também não se pode esperar grande coisa pois , é assim eu faço isso claramente faço isso cada um tem aquilo que merece hhh claro que se é assim se não vos chego o isso parece-me um bocadinho mais grave não não se tiver se for eh pá não sei é que não sei , é assim se eu eu na rua sou nenhum inglês lhe passa pela cabeça tentar falar português se você lhe pedir uma indicação na rua , se se cruzar com ele em qualquer parte de de Inglaterra, nenhum inglês lhe passa pela cabeça se quer aproximar-se do português, portanto / exato o português porque é que tem aquela atitude estúpida e subserviente de assim que um fulano de [ / ] de cabelos loiros pensar que ele é inglês eh sueco ou não sei o quê não, mas se eu estiver se eu tiver em Londres não vou fazer uma pergunta em português eele se ele se lhe dirigir po isso parece-me ah não vai , mas os ingleses vêm e fazem está bem , é assim eu não sei o que é que eles fazem , mas eu não adiantava falar em português , porque ninguém vai perceber português fazem fazem pronto , essa é uma convicção sua , está a ver ? mas se fosse fosse e tentasse explicar por gestos é isso ele respondia-lhe em inglês e você se percebesse inglês percebia agora não tentava era usar a língua dele pois , está bem mas isto a a situação não é a pior a pior é é quando eles vêm é quando eles vêm , veem uns , basta ter aspeto de estrangeiro para se pensar que é estrangeiro e então dá-se logo um desconto " ai deixa-me ver se eu consigo perceber o que é que ele diz " e então ele vem de " do you " qualquer coisa " yes yes " a tendência é res responder em inglês , exato " yes yes oui " qualquer coisa , inventamos logo qualquer coisa para começar a a a falar com ele pois , isso é é que é capaz de ser mais grave isto é grave pois eles vêm falem português claro pois e e se não percebemos aquilo que eles dizem pronto , não percebemos paciência e respondemos qualquer coisa , eles não entendem não faz mal quem são muito assim são os alemães os alemães ao inglês hum hum parece-me tenho ideia que são muito fechados, me disseram que não mas ah eles nunca ah reconhecem ah hhh natural são muito cordiais e afáveis que nunca tiveram é é tenho ideia que os alemães são mais por agora não estou a falar português claramente não se for em relação ao inglês , que também é uma língua internacional e que e que eles são mais fechados sim , e o franceses também têm muitas reticências ah são ah essas coisas estão ah culturais cada cada nação tem uma maneira de encarar a sua própria cultura e a sua própria língua pois nós um bocadinho internacionais é nós gostamos de / de comunicar com toda a gente e como a comunicação muitas vezes é dificuldada dificultada pelo o facto de os outros não falarem como nós nem nós falamos como eles , então procurámos encontrar uma língua de contacto por causa disso é que criámos os crioulos todos para imp / para comum / comu / os crioulos são aquelas línguas que resultam da hum por exemplo en em Cabo Verde , hoje em dia , fala-se crioulo crioulo não é uma língua nacional ? ah hoje em dia é , mas o crioulo tem eh / também uma história e ah nasceu pensava que era o que sempre se falou não / não é uma língua como as línguas africanas eh pois , não sei como é que é o crioulo , não faço ideia que existia no continente africano é uma mistura de é uma mistura de português com ah as línguas que eles falavam antes ah , não sabia língua pro surgiu crioulo por definição é isso ? é uma mistura de línguas ? hum é bem isso pensava que crioulo era o nome de uma língua , como havia o não sei quantos não , existe o crioulo de Cabo Verde o crioulo de São Tomé o crioulo de de de sei / de tantos sítios ah não fazia ideia não fazia ideia o que acontece é que os os crioulos parecem terem resultado da fusão ah é resultante das línguas originarias com uma determinada língua das línguas originais , português , claro pode ser o português , pode ser outras claro ah hum existem vários crioulos com base em inglês , mas a dos portugueses estão mais ah são muitos creio até que são mais do que os ingleses identificados os de base inglesa seja como for ah achei curiosíssimo dias que como agora por causa das línguas está-me a lembrar deste pormenor dias uma senhora pôs-me / uma senhora das testemunhas de Jeová / para uma coisa qualquer hum pôs-me um folheto na mão e eu peguei nele para na para me chatear e claro guardei depois me nem tenho eu no carro por causa disso hhh não deitei fora hhh hhh para não me chatear eu guardo diz adeus à senhora sim e eu / depois o hhh exatamente é a maneira prática que nós temos hhh e então depois olhei abriu-me o folheto uma das coisas que reparei é que eles tinham as línguas em que o folheto era editado hum e então ? e hum se é verdade se é mentira nãofa/ também não era a questão na altura o que achei curioso foi a quantidade de línguas e que tinham mais de cem línguas tantas ? Deus me livre se calhar depois não são línguas , se calhar são dialetos sim , às tantas <mas tipos daquela> / assim pelos nomes pareciam-me coisas de tipo para Caraíba oh , existem muitas , imagino Caraibas não , Pacífico Pacífico aquilo acho que para hum línguas e línguas e mais línguas ah nos povos africanos em África também , depois eles , é assim se calhar puseram um para a Angola para meia dúzia delas ou mais não faço ideia ah pois é , bem possível> é bem possível se calhar ainda mais quando eu digo se mais de cem línguas , se calhar eu tou eu estou a contar com essas todas depois havia números conhecíamos claro por isso é que o número era assim é provável porque esse tipo de / / de publicação interessa a muitas comunidades mesmo que sejam pequenas , não é , é pronto é para ser divulgada justamente a determinadas claro , pois é assim não não meios que fazem esse pois,éassimpoi/ pois esse objetivo achei achei natural, mas mas achei curioso de facto ha / eh a extensão de de línguas ou dialetos , ou o que é que é aquilo não fa sei como é que é depois os termos técnicos como é que o problema é saber o que é uma língua , não é ? o problema é também não é claro , pois não ? não mesmo para os linguistas ah os linguistas têm ideias , mas ainda não estão de / de acordo a fronteira pois pois , imagino não,porqueécompli/ / é muito complicado ah entre o português e o brasileiro e é considerado uma língua hhh sim sim sim e o que é um dialeto ? por exemplo ah no Porto falasse o mesmo dialeto que se fala em Braga ? se eu lhe perguntasse qual era o dialeto que o senhor falava o que é que me diria ? não falam , pois não ? hhh dialeto lisboeta , será isso ? o dialeto pode ser regional é o dialeto ? não ? pois , não sei pois é que não se sabe hhh oh ouve-se falar no alentejano no beirão às vezes no transmontano no falar do Porto ouve-se falar no algarvio no açoriano agora diga-me você o que é que é cada um deles e se eu lhe perguntar o que é que você fala , o que é que você fala ? se você também ouve falado como os outros , não é beirão , não é ? pois não é do Porto , não é ah açoriano , o que é que você fala ? falo lisboeta , se é que isso existe hhh hhh o lisboeta é a ideia que eu tenho é que é um bocadinho mistura eh disso tudo , não é , acaba por ser um bocadinho ah , acaba por ser com com a com a com influências claro novo pessoas em Lisboa , não é daquelas que de toda de de de não sei quantas gerações para depois é um bocadinho mais a questão do latim , portanto depois o lisboeta comoocomoocomoacomoa como a de Coimbra istoestouadizere mas estou a dizer com o ti tipo interrogação para me confirmar que isto são ideias que a gente nós temos e que hum , sim hhh por vezes são são pe são preconceitos hum hum preconceitos ah hum que é a questão da hum da questão da / do do funcionar como norma pois , do dos intelectuais da da norma intelectual portanto sim sim como a acontece com com / [/] com uma questão de latim que se fala muito até isso tem mudado , não é ? quenão que se fala dos dos italianos ficarem com o latim latimdos dos intelectuais e nós ficamos com o latim do povo bárbaro , pois eh eh essas coisas são assim hhh ah mas que é for eh principalmente o lisboeta , aquilo que as pessoas chamavam lisboeta se calhar também é um bocadinho influência não das vári das várias regiões que por que aqui passaram por Lisboa mas também várias línguas faladas aqui ao longo dos tempos mas também pelo facto das das lin em que os confrontos das diferentes línguas porque houve árabes aqui houve / ah romanos houve & os visigodos pois é porque depois é assim acaba por haver muito mais mistura em Lisboa do que em Castelo Branco ou Vila-Real em termos ah atuais ? desde que o país foi fundado pelo menos desdequeopaísf/ sim talvez é provável embora usar bem acima os outros têm não , <desde que o país foi fundado> / desde que o país foi fundado sim quer dizer não é mais fácil haver mistura de a a fronteira ah a existência de a constituição de um país tem a ver com a língua com a constituição com a prova de que não é ah eh culpado o Afonso Henriques hhh resolveu dizer " isto aqui é tudo meu , isto aqui é o reino de Portugal " não é ? primeiro isto era tudo diferente as línguas faladas pelas populações não deixaram de ser ah o que era não pois é assim eu [/] eu pois agora não estava oconfronto o confronto entre as diferentes línguas consigo continuou a existir é claro nuns sítios havia mais confrontos linguísticos do que noutros , é natural pois , mas eu agora estava a aceitar , estava eu estava a tomar como como ponto de partida as as diferenças que temos entre as beiras o Porto não sei quê hum hum e Lisboa que são claramente diferente dessas desses áreas hum ah é norma / é é mais comum que haja pessoas de sítios diferentes em Lisboa do que sítios diferentes em [/] em  na nas beiras ah , sim pronto isso isso é uma questão sociológica exatamente , estava mais a pensar agora nisso portantoemtermosatuais em termos atuais efetivamente nós verificámos que Lisboa é mais fácil de perder essa característica ou que queLisboa que a linguagem de Lisboa mude do que mude de as dessa regiões a linguagem é que tem de ser diferente por causa da da inculturação não não , isso também não tem o problema é que eh estando muitas eh / variedades em confronto em Lisboa é natural que ah a maneira como se fale em Lisboa seja difícil de perceber porque não se percebe exatamente se se está a falar mais pois,porissoéqueestou por isso é que estava a pôr em causa de haver um lisboeta hhh claro pois hhh ah agora confirme-me se é verdade ou não eu ouvi dizer o que é que o/ o ch com si o português considerava mais correto, se é que essa expressão existe para os linguistas não faz nenhum sentido , mas e mas era Coimbra era o de Coimbra masaquilo aquilo é / é noção geral que se tem, o preconceito que se tem é [/] é era uma coisa que eu ia dizer pouco eu bocadinho ia dizer que ah até nisso existe mudança não é por exemplo no no no no italiano também houve transferência entre eh a importância cultural de Florença e depois eh para ah Roma e Milão e outras cidades dos géneros , portanto a [/] ana/ aquilo que funcionava como norma e que era o padrão que era considerado correto hum foi passando a ser uma coisa diferente pois ah foram outras cidades que passaram a a dominar a ter o quê até em termos linguísticos por outro lado en / en Portugal dantes dizia-se era Coimbra , porquê ? porque havia universidade os outros sítios quase não havia universidade ou havendo universidade a não era tão grande pois estou a ver hoje em dia hoje em dia isso desvaneceu-se por essa razão deixou de ter sentido ah os meios de comunicação social são basicamente dominados por pessoas que falam em Lisboa ah eh ah como se diz-se falar-se em Lisboa e por causa disso ah se calhar a norma é o português de Lisboa , se calhar o mais correto é isto até pela própria educação isso é por a educação também tende a acontece isso é sim para o caso de de sim pois o hum estava a ver outra coisa que horas são ? isto é tardíssimo oito horas isto é tardíssimo vamos hhh

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