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ID128
ParticipantM. Alves
GenderFeminino

Texto: -


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[1]
O que é que tem feito na sua vida ? Uh ?
C. Rodrigues
[2]
A minha vida minha senhora tem sido muito atrapalhada
M. Alves
[3]
Muito atrapalhada ?
C. Rodrigues
[4]
Eu tive um um menino de namoro /
M. Alves
[5]
uh
C. Rodrigues
[6]
e o menino depois o pai ah queria casar comigo Depois chegou um sábado eu casava no domingo no sábado chegou /
M. Alves
[7]
à minha igreja que não casava eu andava com a barriga quase no fim do tempo
M. Alves
[8]
Oh
C. Rodrigues
[9]
Depois so sofri muitos desgostos fui com o menino para o Porto servir /
M. Alves
[10]
passei muita fominha para o criar e tudo /
M. Alves
[11]
e depois /
M. Alves
[12]
agora coisa de oito anos deu-me uma trombose /
M. Alves
[13]
mas o meu filho está casado
M. Alves
[14]
Em que ?
C. Rodrigues
[15]
uhuh E está bem ?
C. Rodrigues
[16]
Mas tem-me corrido muito be mal a vida menina
M. Alves
[17]
Tem ?
C. Rodrigues
[18]
Tem sim sempre doente sempre doente
M. Alves
[19]
Tem tido problemas de quê ?
C. Rodrigues
[20]
Problemas de tudo menina Olhe aqui tempos /
M. Alves
[21]
dava dinheiro a uma cigana para me pagar o aluguel que estive dois meses no hospital /
M. Alves
[22]
uhuh
C. Rodrigues
[23]
e confiava nela mas eu como saio da venho de manhã para aqui /
M. Alves
[24]
e depois às cinco horas da tarde é que mudava e eu dizia sempre " Ó XYZ pagou-me o aluguel ? "
M. Alves
[25]
" Paguei amanhã dou-lhe o recibo " Mas eu à noite eu daqui nunca nunca via a mulher /
M. Alves
[26]
Oh
C. Rodrigues
[27]
passou passou /
M. Alves
[28]
Não
C. Rodrigues
[29]
apresentou-me a conta de oitenta contos o senhorio /
M. Alves
[30]
ai sofri tanto menina
M. Alves
[31]
Ui
C. Rodrigues
[32]
Eu estive aqui foi preciso estar no hospital que eu via que morria /
M. Alves
[33]
Credo
C. Rodrigues
[34]
porque o senhorio ameaçou-me que se não pagasse que me punha fora da porta /
M. Alves
[35]
e foi às mãos do meu filho a carta o meu filho assou-me a cabeça /
M. Alves
[36]
Mas
C. Rodrigues
[37]
" Oh minha mãe " " Mas ó meu filho eu não podia andar " Que eu ando poucochinho
M. Alves
[38]
uhuh
C. Rodrigues
[39]
" Você não podia pagar ? " " Eu fazia confiança na cigana "
M. Alves
[40]
Pois é
C. Rodrigues
[41]
Tive que pedir aqui a um senhor que me valeu /
M. Alves
[42]
E ajudou-a
C. Rodrigues
[43]
oitenta contos estou a dar dez continhos por mês ao senhor /
M. Alves
[44]
Para ver se lhe dava
C. Rodrigues
[45]
para ver se me dava se houvesse aqui /
M. Alves
[46]
prego como havia antigamente eu até vendia o fio /
M. Alves
[47]
Ou alguma coisa
C. Rodrigues
[48]
e não pedia nada a ninguém não era ? Sem ter de me envergonhar
M. Alves
[49]
Agora como aqui sinto-me aqui bem que se come bem e tudo /
M. Alves
[50]
uhuh
C. Rodrigues
[51]
somos bem tratadas
M. Alves
[52]
muito tempo que que vem aqui ao centro de dia ?
C. Rodrigues
[53]
Aqui vai fazer cinco anos que estou aqui /
M. Alves
[54]
uhuh
C. Rodrigues
[55]
sinto-me aqui muito bem são muito nossas amigas muito boas meninas e tudo
M. Alves
[56]
Isso é bom
C. Rodrigues
[57]
Eu acho que sim
C. Rodrigues
[58]
Sinto-me aqui bem come-se muito baratinho e tudo
M. Alves
[59]
uhuh
C. Rodrigues
[60]
Quanto Quanto é que custará um ?
C. Rodrigues
[61]
Não tenho o que dizer
M. Alves
[62]
Oito contos e quinhentos /
M. Alves
[63]
por mês
M. Alves
[64]
? Para virem aqui passar o dia ?
C. Rodrigues
[65]
Vão-nos buscar a casa /
M. Alves
[66]
de manhã e comemos aqui o o almocinho ao meio-dia /
M. Alves
[67]
levamos a sopinha para a noite ou leite o que a gente quiser /
M. Alves
[68]
e pãozinho /
M. Alves
[69]
e depois de manhã /
M. Alves
[70]
vão-nos buscar e depois vão-nos levar às cinco horas casa
M. Alves
[71]
uhuh uhuh
C. Rodrigues
[72]
Quem não poder andar levam-nos a casa
M. Alves
[73]
Pronto é uma boa ajuda
C. Rodrigues
[74]
O meu filho arranjou para aqui /
M. Alves
[75]
que eu estava em casa nunca comia nada nem nada estava ali metida o dia inteiro /
M. Alves
[76]
Nem podia ir para a rua
C. Rodrigues
[77]
não falava com ninguém não podia ir às compras tinha que pagar aqueles em bocadinhos
M. Alves
[78]
uhuh
C. Rodrigues
[79]
Agora graças a Deus /
M. Alves
[80]
Está melhor assim
C. Rodrigues
[81]
estou melhorzinha
M. Alves
[82]
E tem tem sido agradável aqui ? Tem feito aqui pessoas amigas ?
C. Rodrigues
[83]
Ai tenho tenho muito amigas tenho outras que são
M. Alves
[84]
Nem por isso
C. Rodrigues
[85]
Sim não têm mas porque aqui tempos meteu-se um problema e eu /
M. Alves
[86]
não gostei do que me disseram porque eu graças a Deus sou /
M. Alves
[87]
sou pobre mas sou filha de gente pobre e muito séria graças a Deus sou pobrezinha e muito seriazinha séria /
M. Alves
[88]
É ?
C. Rodrigues
[89]
e quem nos uma vassoura do quarto de banho /
M. Alves
[90]
uh
C. Rodrigues
[91]
eu tinha ido à frente /
M. Alves
[92]
e uma chegou a dizer que /
M. Alves
[93]
" Ladras gatunas " Foi quem foi embora que levou a
M. Alves
[94]
Oh
C. Rodrigues
[95]
a vassoura Ó menina não tinha necessidade de levar a a vassoura no saco suja /
M. Alves
[96]
Mesmo assim
C. Rodrigues
[97]
A vassoura
C. Rodrigues
[98]
Claro pois
C. Rodrigues
[99]
que graças a Deus sou pobre mas tenho tudo o que me faz falta não é ?
M. Alves
[100]
Claro
C. Rodrigues

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