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ID172
ParticipantJ. Sousa
GenderMasculino

Texto: -


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[1]
/ /
C. Rodrigues
[2]
que queria ouvir a voz e tal e eu até lhe pus
J. Sousa
[3]
não cheguei a pôr o problema de dizer que se procurava
J. Sousa
[4]
uma voz típica de Braga era capaz de não
J. Sousa
[5]
não a ter
C. Rodrigues
[6]
não a ter porque eu se calhar nem sei se
J. Sousa
[7]
hhh hum
C. Rodrigues
[8]
se alguma vez a tive se calhar tive não é ?
J. Sousa
[9]
/ por tantos sítios ...
C. Rodrigues
[10]
depois a gente anda por tão hhh por tantos sítios
J. Sousa
[11]
claro claro
C. Rodrigues
[12]
por um lado e por outro lado também nas escolas
J. Sousa
[13]
vai mudando
C. Rodrigues
[14]
em princípio em princípio não quer dizer que
J. Sousa
[15]
não haja também por muitas professoras ainda
J. Sousa
[16]
claro claro claro não tenho encontrado de tudo
C. Rodrigues
[17]
no primária a falar à Braga mesmo não é ?
J. Sousa
[18]
mas sabe como o trabalho é de sociolinguística é esperável que exista muita variação
C. Rodrigues
[19]
mesmo nas falantes que habitam e nasceram em determinada
C. Rodrigues
[20]
cidade porque com o grau de instrução é provável que tenham ido perdendo
C. Rodrigues
[21]
os traços mais marcantes
C. Rodrigues
[22]
exatamente não é ? porque claro que aquela coisa aqui no no
J. Sousa
[23]
claro pois e outros
C. Rodrigues
[24]
todo o Minho dos bês e dos vês e dos ons e não sei que mais
J. Sousa
[25]
hm hm
C. Rodrigues
[26]
e eu por acaso até me lembro de na primária
J. Sousa
[27]
precisamente nos ditados de vez em quando pôr um ó éme
J. Sousa
[28]
hhh
C. Rodrigues
[29]
porque era um um sei que
J. Sousa
[30]
Conceição
C. Rodrigues
[31]
uma Conceição a chamarem uma Conceição era uma outra coisa assim desse
J. Sousa
[32]
claro claro mas isso é normal
C. Rodrigues
[33]
género não é ?
J. Sousa
[34]
/ / ainda bocadinho estive a falar com um
C. Rodrigues
[35]
de vez em quando a gente está fisgado para aquele lado e sai o que calha não é ?
J. Sousa
[36]
um senhor que é licenciado e ele dizia que no início
C. Rodrigues
[37]
quando estava na primária realmente tinha muita dificuldade sobretudo na questão dos bês e dos vês e que
C. Rodrigues
[38]
que fazia muitos erros e
C. Rodrigues
[39]
e uma vez que perguntou a um colega que não cometia
C. Rodrigues
[40]
J. Sousa
[41]
e hhh os erros que ele usualmente dava e então
C. Rodrigues
[42]
ah ele disse " ah leio muito "
C. Rodrigues
[43]
e era assim que ele foi fixando
C. Rodrigues
[44]
sim em relação a mim em particular é capaz de
J. Sousa
[45]
hm hm era gente com
C. Rodrigues
[46]
nós também líamos muito não é ? os irmãos e eu e tal
J. Sousa
[47]
com possibilidades e interesses de leitura
C. Rodrigues
[48]
/ sim porque o meu pai era professor precisamente
J. Sousa
[49]
hm hm ah
C. Rodrigues
[50]
era professor do liceu de clássicas de português latim
J. Sousa
[51]
e depois a certa altura muitos anos de apoios de
J. Sousa
[52]
/ / ena
C. Rodrigues
[53]
está formado nestas últimas reformas puseram-no a dar grego
J. Sousa
[54]
havia muito tempo que não dava
C. Rodrigues
[55]
aqui ele se viu aflito porque tinha sim muitos anos
J. Sousa
[56]
não é ? mas isto para dizer que portanto havia uma certa exigência
J. Sousa
[57]
hm hm com certeza
C. Rodrigues
[58]
/ / em casa havia uma certa exigência e /
J. Sousa
[59]
e a minha mãe por outro lado embora não fosse pessoa que tivesse
J. Sousa
[60]
muita instrução hm hm
C. Rodrigues
[61]
es muitos estudos / estudos graus de estudo
J. Sousa
[62]
ah eu não sei como é que foi aqui como era aquela
J. Sousa
[63]
hm hm
C. Rodrigues
[64]
enfim como teve mas tinha bastante instrução gostava muito de ler
J. Sousa
[65]
/ / hm hm lia muito
C. Rodrigues
[66]
e até à última da até à última lia sempre muito lia muito
J. Sousa
[67]
/ / claro claro claro
C. Rodrigues
[68]
enfim e no meu tempo de novo não havia outra coisa para fazer
J. Sousa
[69]
de resto também aconteceu em relação a mim e estes
J. Sousa
[70]
/ / sim e
C. Rodrigues
[71]
suponho que aos da minha idade não é ? e que havia havia uma coisa muito engraçada é que
J. Sousa
[72]
ah surgiram aqueles movimentos e aqueles livros nomeadamente os brasileiros
J. Sousa
[73]
hm hm
C. Rodrigues
[74]
do Jorge Amado e do Jaraci Camargo e aqueles
J. Sousa
[75]
que que para além do mais tinham aquele interesse formidável de serem apreendidos pela PIDE
J. Sousa
[76]
hhh e por isso suscitavam grande interesse
C. Rodrigues
[77]
hhh pois era não é ? suscitavam
J. Sousa
[78]
e tal aquela tropa aquelas marchas no Brasil não é ?
J. Sousa
[79]
eram movimentos muito importantes na época eram
C. Rodrigues
[80]
aquilo era muito engraçado pois e depois também não havia esta coisa da televisão
J. Sousa
[81]
ou pelo menos não havia o vício de depois a certa altura não havia não foi muito mais
J. Sousa
[82]
sim a televisão era muito muito restrita e
C. Rodrigues
[83]
tarde sim mas foi muito mais tarde muito mais
J. Sousa
[84]
/ / foi quê nos anos sessenta ? pois
C. Rodrigues
[85]
tarde não é ? desses tempos pois foi que tempos hhh
J. Sousa
[86]
mas eu estava agora a pensar que mesmo quando no princípio quando veio não havia não havia muito
J. Sousa
[87]
de maneira nenhuma
C. Rodrigues
[88]
bem não havia telenovelas e nem havia este vício
J. Sousa
[89]
o o esse vício da televisão surge enfim foi-se impondo
J. Sousa
[90]
pois no nos anos setenta foi para ?
C. Rodrigues
[91]
mais tarde não é ? foi foi-se impondo mais tarde não é ? porque no princípio
J. Sousa
[92]
as pessoas embora tivessem e tal ah
J. Sousa
[93]
não ligavam àquilo haviam outras atividades e as pessoas tinham o a os hábitos
C. Rodrigues
[94]
não ligavam muito àquilo não não ligavam muito àquilo
J. Sousa
[95]
tão arreigados que não não tinham vontade claro jogar damas
C. Rodrigues
[96]
era jogar cartas e tal hhh
J. Sousa
[97]
e conversavam muito iam aos cafés ainda havia cafés
C. Rodrigues
[98]
jogar essas coisas pois era isso não é ?
J. Sousa
[99]
ah pois e depois a gente estava no café mas isso até é recente recente
J. Sousa
[100]
hm hm
C. Rodrigues

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