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ID | 19 |
Participant | R. Matos |
Gender | Feminino |
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[3]
hum
ma
sim
mediante
o
valor
e
mediante
[4]
o
número
de
exemplares
que
se
tem
de
[5]
por
exemplo
peças
do
século
quinze
sem
se
tem
pouco
[6]
imaginemos
que
se
tem
pouco
[7]
então
vai-se
previlegiar
a
se
a
peça
do
século
quinze
[8]
mas
por
outro
lado
se
a
peça
do
século
quinze
se
estiver
em
bom
estado
e
houver
outras
mais
recentes
que
estão
em
pior
estado
[9]
penso
que
se
irá
a
escolher
/
[12]
embora
isto
tudo
seja
muito
subjetivo
não
se
pode
dizer
que
é
que
tem
mais
valor
[13]
se
foi
uma
peça
feita
por
x
ou
foi
uma
peça
feita
por
y
[15]
o
que
é
que
é
mais
valioso
é
uma
sec
uma
peça
do
século
treze
ou
uma
peça
do
século
vinte
?
[16]
então
quanto
mais
antigo
melhor
?
[18]
e
por
que
é
que
é
é
bom
conservar
a
de
século
quinze
e
não
a
do
século
treze
?
[19]
e
se
eu
não
intervir
e
ficar
com
as
duas
?
[20]
é
porque
houve
um
caso
de
uma
pintura
em
que
se
fe
em
que
se
descobriu
[21]
que
havia
por
baixo
uma
uma
peça
era
uma
pin
uma
pintura
do
século
quinze
[23]
e
a
pintura
que
estava
por
cima
era
era
era
mais
recente
então
tirou-se
tudo
[24]
ficou-se
com
uma
do
século
quinze
[26]
depois
descobriu-se
que
havia
uma
pintura
do
século
treze
[27]
então
tirou-se
essa
pintura
e
ficou-se
com
a
do
século
treze
[28]
entretanto
a
pintura
do
século
dezesseis
e
a
pintura
[32]
porque
foi
levantado
tudo
em
bisturi
[33]
e
não
se
pode
reconstituir
[35]
quer
dizer
perdemos
duas
pinturas
[40]
pois
porque
havia
o
critério
de
que
quanto
mais
antigo
melhor
[41]
e
e
em
termos
plásticos
que
é
que
era
melhor
?
[42]
e
essas
intervenções
nunca
afetam
sempre
a
peça
[45]
portanto
retirar
uma
pintura
retira-se
com
bisturi
que
é
um
processo
mecânico
[47]
mas
é
impossível
não
causar
riscos
na
pintura
de
baixo
é
impossível
[54]
danificar
a
outra
camada
porque
aquilo
não
é
preciso
[55]
uma
pintura
n
é
não
é
uma
coisa
muito
homogénea
é
uma
coisa
muito
heterogénea
[56]
em
que
a
camada
não
é
não
tem
igual
espessura
[58]
portanto
e
o
e
o
operador
ou
faz
menos
força
ou
faz
men
mais
força
[61]
e
não
há
nada
a
fazer
é
irrecuperável
[62]
e
nas
peças
de
mobiliário
também
podem
acontecer
[63]
por
exemplo
tinham
começado
por
não
tratar
de
determinada
peça
de
[65]
depois
trataram-na
com
cera
[66]
e
depois
tiraram-lhe
a
cera
e
puseram
verniz
[67]
depois
fizeram
isso
e
fizeram
aquilo
[68]
depois
o
que
é
que
se
faz
?
[69]
numa
situação
como
essa
?
[70]
tenta-se
perceber
o
que
é
que
será
melhor
para
a
peça
[71]
porque
depois
sempre
há
o
valor
documental
que
tem
uma
intervenção
[72]
eu
posso
ter
um
um
um
móvel
forrado
a
cor
[73]
pequeno
de
vint
ventó
/
que
é
uma
espécie
de
escritório
[74]
um
escritório
é
um
movelzinho
com
gavetinhas
[76]
é
o
móvel
geralmente
indoportuguês
[78]
uma
série
de
gavetinhas
é
um
caixote
com
gavetinhas
e
acho
que
era
pro
para
as
pessoas
quando
iam
[79]
os
comerciantes
quando
iam
para
a
Índia
punham
ali
o
dinheiro
nas
gavet
gavetinhas
e
outras
coisas
mais
[80]
mas
o
ventó
tem
mais
uma
particularidade
tem
uma
portinha
[81]
portanto
e
o
ventó
haa
do
que
estou
a
falar
estava
todo
forrado
a
couro
[82]
excepto
na
parte
de
trás
na
retaguarda
[84]
portanto
no
reverso
do
ventó
[85]
mas
nesse
reverso
encontrávamos
uns
vestígios
que
nos
pareciam
ser
de
cola
[86]
portanto
não
e
não
ele
resolveu-se
não
se
tirar
os
vestígios
de
cola
porque
eram
uma
[90]
sobre
uma
intervenção
que
tinha
havido
posteriormente
[91]
portanto
quer
dizer
que
se
calhar
aquilo
esteve
haa
[95]
e
depois
que
arrancaram
ou
que
tiraram
que
se
descolou
[97]
portanto
é
uma
coisa
que
tem
que
ser
ponderada
e
não
[98]
não
se
pode
pensar
de
modo
nenhum
que
existe
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