u view

Sem título

ID97
ParticipantF. Soares
GenderMasculino

Texto: -


mostrar 1 - 100 of 131 • seguintes


[1]
hum hum
C. Rodrigues
[2]
e logo hoje é costuma é ser as dez e meia mas hoje vem um senhor com um com uma obra que vão editar sobre o descobrimento
F. Soares
[3]
ah sim ?
C. Rodrigues
[4]
e de maneira que /
F. Soares
[5]
antecipou-se ...
C. Rodrigues
[6]
F. Soares
[7]
hum hum muito bem ahm / e agora outra coisa também ainda a propósito da sua experiência em ensino ah naturalmente para ensinar ah a escolher notam-se com certeza han dificuldades de / dos alunos motivadas pela sua pertença dialetal isto é eles tem determinadas
C. Rodrigues
[8]
Sim sim sim
C. Rodrigues
[9]
Não porque como os alunos são dessa região e portanto esse problema não se põe talvez pusesse se eu não fosse daqui e como sou e fosse para baixo
F. Soares
[10]
Sim sim sim
C. Rodrigues
[11]
para o Alentejo para o Algarve ou para Lisboa mas como nunca fui portanto esse problema não se põe
F. Soares
[12]
Mas por exemplo
C. Rodrigues
[13]
Nós e os alunos entendemo-nos
F. Soares
[14]
Muito bem
C. Rodrigues
[15]
Muito bem
F. Soares
[16]
Mas a ortografia não corresponde à alguma das
C. Rodrigues
[17]
Sim sim sim sim sim Isso sim acontece muitas vezes Acontece trocam os bês pelos vês e até nós nós professores han às vezes caímos nesse erro han e isso reflete-se na escrita
F. Soares
[18]
Sim ? E como é que se combate isso ?
C. Rodrigues
[19]
É combate é é é é estar a insistir com os alunos porque eles por muito mais que nos esforçamos eles estão estão uma uma uma percentagem muito grande fora em contacto com outros com outras crianças e com os pais que também tem os mesmo erros
F. Soares
[20]
Nós também os temos o que é tentamo-nos corrigir e embora também acabamos / acabemos por cometer erros na de pronúncia Mas dizer mas isso é por a a insistência é fundamental aqui escola para para que esses esses
F. Soares
[21]
Dantes havia o hábito de por exemplo se repetirem as palavras que tenham sido escritas erradamente para
C. Rodrigues
[22]
C. Rodrigues
[23]
vários processos de um um processo é esse outro processo é é por exemplo faz-se uma ortografia e um erro risca-se aquela aquela palavra que está mal escrita e e pede-se ao aluno que passe a substituir uma ou duas ou três vezes
F. Soares
[24]
hum hum
C. Rodrigues
[25]
hum hum
C. Rodrigues
[26]
hum ou outro processo é antes de fazer a ortografia dar o texto ao aluno e ele vai vai vai escrever separadamente aquelas palavras que para eles são consideradas eh mais difíceis e que pode errar e portanto eh quando fizer o exercício de ortografia está precavido dessas
F. Soares
[27]
hum hum
C. Rodrigues
[28]
Como é que se faz os exercícios de ortografia hoje em dia ? Ainda se fazem aqueles célebres ditados eh que havia noutros tempos
C. Rodrigues
[29]
possíveis falhas que vai limitando
F. Soares
[30]
Depende do hoje hoje hoje o sistema modificou-se o ensino é diferente pessoas que até praticamente de aboliram com esses exercícios de ortografia à moda antiga ou descontinuam quer dizer eu acho que o meio termo seria o ideal não insistir muito porque também é capaz de ser um pouco maçador para o aluno estar constantemente a fazer exercícios de bibliografia mas obrigá-lo a a visionar bem as letras as palavras para que com esse modo possa evitar ah dar erros
F. Soares
[31]
eh han estimula-se por exemplo consulta de dicionário ?
C. Rodrigues
[32]
Sim sim sim sim praticamente todos os alunos a partir nesta escola ah todos os alunos isto é um pouco de exagero porque nós esta escola fica fica situada eu tenho alunos de um bairro social portanto os bairros sociais têm problemas económicos graves problemas sociais /
F. Soares
[33]
alcoolismo prostituição droga inclusivamente Portanto mas eu dizia uma grande parte dos alunos no terceiro ano adquirem um dicionário e trazem o dicionário para escola portanto o professor leva o aluno quando tem dificuldade em palavras na sua significação e na na sua escrita vai ao dicionário portanto manuseiam com facilidade o dicionário
F. Soares
[34]
Outros casos em que o aluno não tem possibilidade de comprar a escola tem um dicionário tem um ou mais dicionários para o uso para para o uso desses alunos vêm vêm aqui e requisitam o professor requisita esses dicionários portanto os alunos podem manusear
F. Soares
[35]
Considera que por exemplo os o tipo de conhecimentos que hoje em dia à saída do ensino básico os alunos têm é é similar àquele que
C. Rodrigues
[36]
não não
F. Soares
[37]
os alunos teriam vinte anos atrás
C. Rodrigues
[38]
não muito inferior eh muito inferior eh embora noutras áreas tenha como hei-de dizer tenha um conhecimento mais vasto do mundo que o rodeia porque não é escola é mas é os meios de comunicação social que hoje ao dispor dos alunos que trinta ou quarenta anos não tinham porque nas matérias populares em si hoje o aluno constata-se que sabe muito menos do que sabia trinta ou quarenta anos
F. Soares
[39]
se tivesse de enumerar algumas das coisas que achava que era indispensável para que os alunos à saída do ensino básico o que é que apontaria ? pensou um bocadinho nisso ?
C. Rodrigues
[40]
eh sim pensei mas eh
F. Soares
[41]
seguir é mais importante claro tem que saber ler ?
C. Rodrigues
[42]
que mais importante olhe vários vários factores houve uma redução drástica nos programas nos currículos a nível de primeiro ciclo eh eliminaram a história praticamente hoje a História de Portugal está ali está está restrita à meia dúzia de figuras
F. Soares
[43]
Ah é ?
C. Rodrigues
[44]
fecha-me a porta sim ? se faz favor
F. Soares
[45]
eh a nível de história ah estudo do meio esse está está mais adequado à língua portuguesa ah foi muito foi muito reduzida na questão na pa na área da gramática a gramática foi muito reduzida praticamente hoje gramática na no primeiro ciclo é é é muito ... praticamente aquilo nem nem reduz-se a muito pouco e depois os alunos vão aprender aquilo que aprenderam aqui vão aprender no segundo ano do do ou seja no quinto e no sexto ano do do ciclo preparatório
F. Soares
[46]
Exato
C. Rodrigues
[47]
ah a matemática ainda é um dos pontos que está mais ou menos de acordo com os programas ah antigos Não sei o conhecimento é é diferente os alunos hoje sabem mais coisas a respeito do mundo que os rodeia mas como digo não é muito na escola porque realmente a escola hoje
F. Soares
[48]
não acompanha
C. Rodrigues
[49]
não sei
F. Soares
[50]
não acompanha a evolu não acompanha a evolução dos tempos isso é um facto A escola continua continua a ter a ter a ter bancos e carteiras como antigamente continua a ter um quadro preto à frente dos alunos material didático não existe material audiovisual não existe eu quando vim para aqui não havia nada ah e com muito esforço se comprou um televisor um vídeo gravadores hen projetor de dispositivos coleções para slides para para para com temas alusivos à algumas à algumas áreas no no estudo do meio eh porque o Ministério da Educação não nada não equipa não equipa nada as escolas do ensino estão praticamente botadas ao abandono E
F. Soares
[51]
o senhor neste momento é o diretor da da escola ?
C. Rodrigues
[52]
não fui até setembro e como este ano como este ano tencionava aposentar-me não quis não quis mais porque poderia poderia ainda sair a meio do ano depois as coisas complicaram-se proibiram a saída ou a aposentação de professores a meio do ano portanto vou ter de aguentar até julho
F. Soares
[53]
Foi por esse motivo que deixei Mas foi com muito esforço que se e com a ajuda dos pais Nós para para arranjarmos verbas para aquisição de material audiovisual foi preciso fazer rifas quase todos os anos massacrar as os pais e encarregados de educação e os alunos hhh para para aquisição desse tipo de material para a escola portanto felizmente a escola agora tem possibilidades a última aquisição foi uma fotocopiadora que também não não havia mas isso foi com muito esforço
F. Soares
[54]
arranjar materiais
C. Rodrigues
[55]
com as fichas
F. Soares
[56]
mas com muito esforço senão não não não isto está isto está ...
F. Soares
[57]
e e em termos de livros han conseguem ter /
C. Rodrigues
[58]
compro
F. Soares
[59]
o mínimo
C. Rodrigues
[60]
biblioteca temos também ah o Ministério da Educação tinha uma biblioteca que estava eh muito muito antiquada nos temas e nos assuntos nos livros inclusivamente e dois anos eu fiz um projecto e esse projecto submeti-o à Fundação Calouste Gulbenkian e deu-nos cerca de oitenta noventa contos para aquisição de livros
F. Soares
[61]
x
C. Rodrigues
[62]
foi foi
F. Soares
[63]
depois an o ano passado com as verbas que podemos retirar hum da das ditas rifas que fazi que se iam fazendo eh fomos fomos a uma livraria compramos compramos mais livros para aumentar a biblioteca
F. Soares
[64]
a biblioteca da escola agora da escola tem quatrocentos e tal livros coisa que a cinco seis anos tinha vinte ou trinta que eram os tais livros de / da biblioteca do Ministério da Educação
F. Soares
[65]
de maneira que é assim
F. Soares
[66]
a meu ver o o grande erro antes do vinte e cinco de abril com o não sei se recorda o o o Ministro da Educação <da Antã>/ de Antão era o Veiga Simão
F. Soares
[67]
/ eh a meu ver o grande erro dele foi foi ter menosprezado as escolas do primeiro ciclo ter arrancado com os ciclos preparatórios
F. Soares
[68]
portanto ele devia ter começado pela base e não a meio portanto ele realmente foi um impulsionador foi um impulsionador dos ciclos preparatórios a nível de norte ao sul do país mas esqueceu-se que a base é o primeiro ciclo porque o aluno se não tiver condições para trabalhar aqui não as vai depois /
F. Soares
[69]
eh não as vai depois adquirir a meio a meio da carreira não é ?
F. Soares
[70]
as coisas devem começar pela base mas enfim e pronto
F. Soares
[71]
são oções
C. Rodrigues
[72]
são erros que se cometem são opções que se fizeram
F. Soares
[73]
talvez não não devidamente pensadas A verdade é que qualquer pessoa que passa pela escola ah tem uma referência e essa referência
C. Rodrigues
[74]
Pois é sempre o primeiro ciclo é é porque de si marca muito o aluno porque /
F. Soares
[75]
eh o regime aqui é de mono docência portanto o em princípio o aluno terá o professor eh no mínimo um dois ou três ou quatro anos
F. Soares
[76]
exato
C. Rodrigues
[77]
C. Rodrigues
[78]
porque o professor até pode apanhar e é aquele mesmo sempre o mesmo eh mas enfim o sistema é assim
F. Soares
[79]
o sistema da mono docência
C. Rodrigues
[80]
tem vantagens e inconvenientes o aluno se tiver a mono docência durante durante quatro anos eh vai daqui para o ciclo e é uma é uma transição muito grande porque de um professor passa para meia dúzia
F. Soares
[81]
claro
C. Rodrigues
[82]
tem as suas vantagens e tem seus inconvenientes Eu também não estou muito de acordo com a mono docência acho que poderia ser alargado um pouco mais porque depois vai vai vai trazer algumas consequências para o aluno porque habituado sempre ao mesmo professor durante quatro anos segue vai para o ciclo
F. Soares
[83]
pensa que poderá ter
C. Rodrigues
[84]
pensa
F. Soares
[85]
um sistema semelhante
C. Rodrigues
[86]
no
F. Soares
[87]
no sistema e não é totalmente diferente mas eles acabam por se adaptar não é ? e a adaptação hoje talvez seja mais fácil do que quinze ou vinte ou trinta anos atrás São outras vivências outra maneira de ver as coisas outra maneira de pensar
F. Soares
[88]
hoje em dia também eles são forçados também a relacionar-se com muito mais pessoas ah desde cedo
C. Rodrigues
[89]
pois pois pois
F. Soares
[90]
ah o relacionamento é diferente até nota-se nota-se que as crianças são mais desinibidas
F. Soares
[91]
/ / por outro lado também se nota o contrário é que eu trinta e três anos quando comecei a trabalhar
F. Soares
[92]
eh a criança eh para a motivar não é preciso muito hoje é muito difícil motivar a criança A criança vem para escola eh
F. Soares
[93]
quase que obrigada porque a escola pouco lhes tem para dar O mundo que o rodeia é muito mais atrativo e ...
F. Soares
[94]
x
C. Rodrigues
[95]
modernizar a escola não outra solução
F. Soares
[96]
eu não vejo outra solução senão modernizar a escola eh e a escola tem que ir de encontro ao interesse da criança
F. Soares
[97]
porque a criança vem para aqui vê-se fechado dentro de umas quatro paredes com um professor à frente com um quadro /
F. Soares
[98]
material didáctico como digo não nós aqui compramos e temos mas foi como digo com grande esforço porque noventa e nove vírgula nove por cento das escolas não têm material nenhum zero
F. Soares
[99]
algumas nem sequer instalações
C. Rodrigues
[100]
quanto a nível de instalações ?
F. Soares

Edit as listRepresentação em texto