DI_94BM24b

Sem título

ID94
ParticipantA. Costa
GenderMasculino

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acabou-se a leitura eu prometo também a esta hora está morto de cansaço não ? hum hum hum não não estou não trabalhou o dia inteiro não ? trabalhei hhh é tem que ser é tem que ser quais são neste momento as suas ah funções no banco ? ora bem eu estou assim numa zona onde faço assim sei eh transferências para o estrangeiro recebo transferências do estrangeiro muito movimento com certeza assim assim nesse setor sim sim sobretudo emigração é não é ? é muito imigração à base embora também haja ah exportações exportações importações e outras mas como como outro outro colega que está também mais ou menos na mesma área eu estou mais assim de facto assim com a imigração hum hum e que tal é lido muito com a imigração com acho que acaba por ser melhor ou pior ? acho que é quer dizer é é um bocado difícil é ? é trabalhar com imigração portanto porque são pessoas que não têm muito conhecimento han muito conhecimento embora se nota uma evolução muito grande não é ? hum hum sobretudo em determinados tipos de pessoas claro é são aquelas pessoas que compram uma máquina de escrever escrevem com uma máquina e tal mas eu por exemplo tenho uma cópia de uma carta de um emigrante que aquilo é um espetáculo a sério ? hhh mas quer dizer é é muitas cartas que eu às vezes até tiro cópias e coiso e depois tiro assim para ... depois claro destruo não é ? porque aquilo não podemos fazer uso daquilo daquilo em termos de mas é que tempos apareceu uma em que a senhora deve ser duma religião qualquer e ela então fazia fazia portanto a abertura da carta baseado nuns nos preceitos nos preceitos depois fa dizia o que queria e depois ao fim continuava com aquela ladainha operam ? quer dizer estão fora com a ladainha e mas coisas assim mesmo sei e pronto quer dizer e depois daquela maneira e imagine querem fazer uma transferência de de uma conta para outra ou de um banco para outro normalmente normalmente o emigrante é é bastante apoiado pela banca não é ? porque a banca tem interesse hum hum e então eles dirigem-se aos balcões porque por exemplo nós no nosso caso temos em várias localidades temos os balcões e depois temos representantes hum hum por exemplo um empregado num banco num banco francês por exemplo e um acordo entre entre o banco onde eu trabalho e e portanto e outro banco e aquele funcionário está ali exclusivamente para receber aquelas remessas que são que passam pela contabilidade desse banco hum hum e e depois são enviadas para é mais um intérprete não é ? o empregado para exato ele recebe faz a receção da do portanto dos dados e depois encaminha para o dentro do próprio banco que é outro banco e depois eles fazem a transferência como é que devem fazer ... se às vezes preci necessitam de alguma coisa provavelmente têm o apoio do funcionário para dizer encaminhar não é ? exato e pronto depois eles escrevem a saber as contas como é que estão depois às vezes a reclamarem exacto outras vezes a dizer que as taxas de juro tão baixas outras vezes a dizer que querem capitalizar determinada coisa depois querem juntar o depósito para não terem tantos depósitos depois quer dizer é tudo na na base disso outras vezes é mais complicado outras vezes querem por exemplo compraram uma habitação querem re transferir o dinheiro que não estar a receber o dinheiro não é ? mudam de ideias não é ? é exato quer dizer é muito muito emigrante que agora nesta nesta fase que começam a preferir investir a a não não sei se é preferir mas dão a impressão preferir no aspeto do que eles são tanto de como de pois pois quer dizer eles passaram os filhos exatamente a descendência tem os empregos estudaram e e começam a a fazer a vida começ casam com pessoas de as mulheres de ou ao contrário o mar o os homens os homens quer dizer é é aquela mesclagem é aquela mistura de de de culturas de culturas é hum hum é depois temos também na Alemanha na na Inglaterra no Brasil na/nos Estados Unidos os brasileiros ficam mesmo por isto é aqueles emigrantes os brasileiros é são mais eles sentem-se bem não é ? chegam país de certa maneira é acolhedor o clima conhecem a língua han têm facilidades de se estabelecer muito mais do que antes e gostam de estar não é ? porque isto é quase como nós antigamente tinha Angola e pois se calhar e suponho que nos outros nas outras terras uma pessoa ia daqui chegava e via a bandeira portuguesa não é ? nos edifícios han agora não no caso o Brasil pronto mas pelo menos temos a nossa língua e acho que aquilo enquanto aqui na França e na Alemanha os emigrantes estão ansiosos de voltar eles tão mais porque pronto os filhos estão e tudo o mas mais os pais eles querem vir embora portanto e alguns vem é sempre com aquela ideia de ir amealhar e tudo mas filhos ficam não é ? esses não têm aquela/aquele desejo de voltar eu entrevistei um casal que hum que tem que tem três filhos e que estavam não me lembro qual era o país em que eles estavam mas os filhos ficaram todos por estão casados têm netos e eles vieram se embora é eles dizem ah nós somos tanto de como de mas é a nossa terra é a nossa terra a nossa terra mas gosto de ir gosto de ir à França estar na França ou na Alemanha eu gosto porque pronto eu até divido o tempo às vezes estou três meses três meses e e pronto porque está muitas vezes eles até nem têm família eles têm a família então pronto aquela família mais direta que são os filhos não é ? filhos e netos então eles vêm passam três meses na maior parte são reformados estão três meses vão passar outros três meses depois os filhos vêm no verão quer dizer um intercâmbio é acho que isso no verão isto tudo fica invadido de repente por aquelas é de emigrantes é é é hhh Sim sim é isso eu acho que por um lado até é bom é uma integração europeia assim até é mais facilitada é isso é que Braga por exemplo fica com uma movimentação completamente diferente no verão no no verão é uma coisa impressionante então na junto às praias é é um mas é bom é bom que nós ganhamos com isso o que eu acho engraçado é que muitas vezes os filhos deles os filhos dos emigrantes vêm casar aqui é quantas e quantas pessoas é é muito muita coisa mesmo e e gostam das mu/das mulheres de gostam porque pronto acho que ainda ainda ainda é outro tipo de os pais influenciam os filhos e trazem-nos com eles e tal e e dá-se muito os filhos virem à procura da mulher aqui agora nem tanto mas aqui uns anos era mesmo quase noventa por cento da dos iam para arranjavam um emprego ganhavam uns tostões dali a algum tempo vinham vinham casar é hhh depois levavam-nas e eu às vezes para ia ah mas quer dizer o naturalmente é outro mundo não é ? quer dizer e eles achavam que a mulher tinha outra maneira de ser e ... sim sim às vezes mais condizentes com a maneira de pensar deles exacto isso e às vezes e às vezes é verdade outras vezes se calhar nem por isso mas pronto sim sim porque pronto quer dizer isto isto também depende do caso não é enquanto eles estiveram também houve mudanças aqui na sociedade sim houve de que maneira nós sabemos bem aqui uns anos eu acho que assim da minha da minha idade não é ? assim uma transformação assim mesmo uma coisa enorme enorme e tem filhos ? tem uma miúda é ? é que idade é que ela tem ? vinte e dois anos vinte e dois anos é a mocidade dela é completamente diferente da da geração anterior ? acho que sim acho que sim é éuma coisa mesmo fora de eu acho que é um mundo muito diferente muito muito muito é sempre para melhor ? houve uma também pra pior se calhar han coisas coisas que eu admito que seja para pior admito eu acho que o mundo é quando se fala nisso são são han enfim às vezes podemos afetar sustentabilidade ? exato mas mas eu acho que eu aqui à pouco li um artigo de uma uma senhora no Jornal de Notícias de uma japonesa e eu achei achei graça àquela àquela na última página do Jornal de Notícias que eu gosto muito de ler aquela aquelas crónicas que às vezes são descritas naquela última página e havia uma que me tocou / de facto porque a senhora era o marido era engenheiro numa fábrica naquelas fábricas enormes não é ? e ela era professora do liceu hum hum e depois a senhora dizia que tinha dois filhos casou com dezoito anos ou qualquer coisa tinha dois filhos e e dizia eu era professora do ensino secundário o meu marido é engenheiro trabalha numa fábrica dizia ela an quando casei tra continuei a trabalhar / mas quando tive o meu primeiro filho fui para casa fui para casa educar o meu filho para que para para sentir a família para que o meu filho amanha vivesse em família sentisse a família / han e depois ha eu posso com desta maneira dar um maior apoio ao meu marido / / han o meu marido de manhã quando se levanta eu tenho tenho o duche preparado para ele tomar banho / / quando o meu marido an quando o meu marido toma acaba de tomar o banho eu tenho-lhe o pequeno almoço pronto / / quando o meu marido acaba de tomar o pequeno almoço eu vou à garagem abro a garagem para ele sair e fecho a garagem ele sai pra ir para o trabalho / / quando o meu marido chega do trabalho eu tenho ah tenho o almoço tenho o jantar feito o jantar porque ele ao meio dia não vinha almoçar tenho o jantar feito ou tenho o duche preparado entretanto acabo de fazer o jantar e ficamos ali a conversar como é que lhe correu o dia que mais temos entretanto entretanto trato do meu filho porque se eu se eu do meu filho quer dizer na altura que ela deixou de ir trabalhar trato do meu filho / dou-lhe o carinho dou-lhe o afeto que o meu filho necessita se eu não fizesse assim o meu filho ia para um colégio ele cresceria ele han / sem apoio nenhum porque eu teria de deixar o meu filho no colégio iria buscá-lo à noite ele quando chegasse à noite ia cansado não se importava e eu também vinha cansada provavelmente o meu marido também viria e e eu não teria família quer dizer a família não existia quer dizer assim existe família entre nós é um facto que sobrecarrego mais o meu marido / porque ele tem de trabalhar mais duas horas por dia para ganhar dinheiro suficiente exato mas o Estado também portanto financia por ela ficar em casa e e assim equilibramos as finanças quer dizer mas eu poderei achar um exagero mas não dúvida nenhuma que eu agisse assim droga droga por que que droga ? porque não esse apoio não existe porque a família não existe hum a família não existe e é a coisa mais dramática na sociedade é essa an perdem muito os filhos os filhos saem de manhã sozinhos muitas das vezes nem sequer têm os pais em casa quando saem da de casa para as aulas entretanto muitas das vezes foram criados nos/nas nas creches ou isto ou aquilo portanto desde crianças não têm família aquilo não família porque o pai à noite chega cansado e a mãe também querem ver o telejornal querem ver e ficam a dormir encostados portanto quer dizer não família então o que é que gera isso ? a droga essa essa calamidade que se verifica depois andam todos nos psicólogos an não duvida nenhuma que o o e depois outra coisa é que o Estado tem de subsidiar subsidiar dar milhares ou milhões de contos para essas creches porque as creches normalmente se forem em termos particulares não mas parece que agora até até até parece que é fácil pronto eles têm que dar milhares de contos eu não sei quer dizer acho não quer dizer com isso às vezes até se diz se não quiser ficar o marido fica a mulher ou se não quer ficar a mulher fica o marido em casa / mas acho que era necessário de facto dar qualquer coisa ou dar uma volta a isso e e pelo menos fazer talvez as pessoas o Estado compensasse parte do do horário de trabalho de um dos agregados do do do sim porque han dos elementos do agregado familiar para até a maior parte dos divórcios na maior parte dos casos se deve ao facto de as pessoas não terem condições de vida razoáveis porque exato exato não pode haver pais senão exato exato e mesmo e e e se um um portanto se muitas das vezes a o marido ou a esposa trabalha num determinado local trabalham onde trabalham claro que sempre aquela tendência a que uma pessoa que vive mais tempo no trabalho do que propriamente em casa porque a pessoa vai para casa / que tempo é que passa em casa concretamente com a família no trabalho está ali diariamente com as outras pessoas e é isso que traz muitas vezes os tais problemas viagens e não sei que mais problemas de desagregação da família o que no meu entender muitas das vezes fala-se na droga vamos combater os os indivíduos que vendem a droga vamos combater isto e aquilo não é aquela na minha perspetiva devia-se combater era precisamente esse problema da família combater no sentido de que a família a família fo partisse daí porque é a partir da família que se combate a droga não é a partir de combater os porque eles existem porque consumidores consumidores e exacto portanto era de evitar mas era a família em casa haver an aquele respeito e aquele e aqueleaquele afeto porque não não realmente é e eu concordo inteiramente consigo porque me parece justamente por causa da desagregação da unidade familiar cada vez mais e infelizmente se <o gove>/os governos não deitam mão a isto qualquer dia não sei o que será realmente porque isto infelizmente é mundial mas se em Inglaterras é isto é aquilo é aquilo outro eh as pessoas han / sei família não existe eu aqui uns anos fui à Noruega e e achei graça graça que não é graça nenhuma que o governo aos dezoito anos empresta dinheiro aos jovens para eles comprarem uma casa é verdade é logo e então o jovem compra uma casa e sai da casa dos pais e vai viver para a casa dele e depois vai vai pagá-la quando trabalhar exato exato vai pagando aquilo é uma condição de pagar a casa mas o que eu achei é têm os pais ao lado tenho eu tive numa casa que era assim tinha o pai os o casal os pais de um lado e a filha ao lado vivia numa casa numa vivenda sozinha quer dizer uma coisa que não sei quer dizer será bom porque tem uma casa não não acho que seja aquelas liberdades quem me contou isso portanto e quem me contou isso foi um foi um jovem português de Lisboa que tinha estado de férias em e onde tinha encontrado noruegueses e suecos e não sei que não sei que mais que lhe estiveram a dizer isso ele ficou fascinado com aquilo hhh pois a juventude o que quer é isso que depois surgem os problemas ainda não ainda não sabem como é a vida por que é que por que que é que se diz isto vão uns anos por que que eu vejo ali por exemplo na/no sul da da Suécia ah miúdos novinhos com cerca de doze anos treze anos engraçados miúdos e miúdas an drogados completamente drogados até crianças que dava-me a impressão era a primeira vez que se drogavam porque assim com um aspecto mesmo saudável mas com aquilo depois então iam ao caixote do do lixo pegavam naquelas caixas de daquele refrigerantes e começavam a aquilo han iam o aquelas às vezes pessoas que pegavam um bocado de sande numa sande deitava num caixote de lixo eles iam e pegavam no nos bocados das sandes e comiam eu até fiquei assim a pensar mas afinal que é isto ? isto é que é o progresso e é que é civilização ? não sei quer dizer eu acho que para haver civilização com certeza outras outras coisas que se perdem coisas que se perdem num quer dizer a civilização que nós dizemos civilização países civilizados e olha a civilização que realmente será que isso será civilização ? é condenada condenada eu não sei quer dizer acho que devia eu na minha perspetiva acho que devia haver um certo controle an civilização assim para mim não é acho que é um retrocesso pronto com graves consequências eu o que eu acho eh que é isso abala as estruturas primárias da sociedade a partir do momento que de uma casa se abalam os pilares pois pois eu eu chego a conclusão de pensar e pensei assim para mim portanto afinal de contas ... rh eu vou acabar com a gravação e depois vamos continuar hhh ta bem porque preciso de arrumar as coisas as miúdas devem estar praticamente a tingir o limite das suas forças bem pois ah e pronto e agradeço-lhe de facto por ter colaborado não e peço desculpa por ter vindo eu é que não estou assim muito bom da da garganta porque agora é que não ficou coitado não não han de vez em quando tenho assim um problema de fico com a com não sei ou é alergia é principalmente assim neste tempo e fico quase afónico ui a quem o diz é é

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