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Os Degraus do Parnaso.

TitleOs Degraus do Parnaso.
NotebookMusikästhetik
InstitutionBiblioteca Nacional de Portugal

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OS DEGRAUS DO PARNASSO M. S. LOURENÇO

O conjunto de proʃas com o título "Os Degraus do Parnaʃʃo" tem q ʃer compreendido referido no ambiente domínio mais vaʃto do trabalho do autor, quer em proʃa quer em poeʃia. Eʃte trabalho começou preciʃamente em 1960 com a publicação pela Livraria Moraes do volume de proʃa O"o desequilibrista" ao qual ʃe ʃeguiu pelo meʃmo editor em 1962 o volume de proʃa as narrativas de "O Doge", e de "Ode a Upsala" em 1964. A O reʃidência trabalho na em Univ de Oxford a partir de 1965 e o contacto produziu teve como conʃeq uma reorientação eʃtética e teórica de q ʃão eʃtãoá documentada nos volumes de poeʃia "Arte Combinatória" de 1971 e em particular "Wytham Abbey" de 1976, ambos edições da Livraria Moraes. Uma reelaboração ʃubʃequente deʃtas da tendências conʃtrutiviʃta a caminho de uma eʃtética realiʃta neo-ʃimboliʃta conduz o volume de poeʃia "Pássaro Paradípsico" de 1979 pu=blicado por em Liʃboa por Perʃpectivas & Realidades. Neʃteno ano de 1991 Assírio & Alvim em Liʃboa pu=blicam o volume de Poeʃia "Nada Brahma" onde o ideal da poeʃia como uma arte da múʃica é ʃiʃtemàtica=mente expreʃʃo.

Os vinte & cinco textos em proʃa com o título "Os Degraus do Parnaʃʃo", ʃembora poʃʃam ʃer lidos ʃepa=radamente, conʃtituem no entanto uma reformulação do narrativa do livro de poeʃia "Nada Brahma" e aʃʃim uma reafirmação do meʃmo ideal. Eʃte ideal emerge pela primeira vez na cultura ocidental no conjunto de fragmentos dos poetas órficos e ʃegundo ele o elemento mais báʃico de toda a experiência tudo o q exiʃte (em Sânscrito Brahma) é Som (em Sânscrito Nada) de tal modo q ʃó a percepção auditiva (e não a percepção viʃual) ¦pode ʃer¦ é a origem de toda a experiência e aʃʃim de todo o conhecimento. A conʃequência óbvia deʃta poʃição é q, no q diz reʃpeito à linguagem, eʃta paʃʃa a ʃer eʃʃencialmente um objecto acúʃtico de e tal modo q q, do ponto de viʃta eʃtético, a repreʃentação da realidade na poeʃia e na proʃa paʃʃa agora a ʃer feita por meio uʃando aʃʃ acima de tudo técnicas meios acúʃticas. Aʃʃim as artes literárias regreʃʃam à ʃua unidade pri=mordial, ao tempo em q a arte muʃical da múʃica era compreendida como incluindo ambas. Mas enquanto q no q diz reʃpeito à Poeʃia ʃempre pareceu óbvio q o ʃom é uma parte integrante da menʃagem poética, ¦expreʃʃo¦ nas em técnicas de métricas e, rítmicas e rímicas, a proʃa pareceu ʃempre mais difícil de reconduzir à unidade q exiʃtia antes da Idade Moderna e ʃó no ʃec. XX, com as obras de Prouʃt de Joyce e de Thomas Mann, foi poʃʃível atribuir à proʃa o meʃmo conteúdo muʃical q ʃempre foi atribuído à Poeʃia.

Quanto à forma, todos os textos de "Os Degraus do Parnaʃʃo" obedecem a princípios muʃicais de organização eʃtruturação, os quais não ʃão explicitamente moʃtrados ao leitor, mas q podem ʃer fàcilmente in=feridos a partir de uma leitura feita com eʃʃa finalidade. A Os temas abordados caem em três gran=des grupos: os predeceʃʃores textos acerca dos predeceʃʃores da concepção muʃical da literatura, na poeʃia & na proʃa, quer em língua portugueʃa quer noutras línguas, exemplos autónomos de narrativas em forma muʃical e diʃcuʃʃão e análiʃe de pontos eʃʃenciais da eʃtética subjacente.


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