O projeto LUDVIC explora as noções fundamentais de unidade e diversidade da linguagem através da descrição e da explicação teórica de fenómenos de variação em caboverdiano. Esta não é ainda uma língua oficial no seu próprio país, Cabo Verde, mantendo assim uma interação desigual com o português, a língua dos antigos colonizadores. Para além deste contacto permanente, diferentes variedades são faladas nas diversas ilhas do arquipélago, numa situação de abundante diversidade linguística que se encontra largamente por descrever.
Estes dados de variação estão em fase de recolha, sobretudo em entrevistas semi-informais (com algumas confirmações em sessões de elicitação de juízos de gramaticalidade), realizadas na sua maioria em Cabo Verde mas também nos Estados Unidos (Massachusetts e Rhode Island), numa extensão que pretende abordar os efeitos linguísticos do contacto do cabo-verdiano com o inglês.
Este novo corpus digital de acesso aberto resulta destas entrevistas, transcritas semi-ortograficamente em ficheiros XML seguindo as normas TEI (Text Encoding Initiative).