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[Título principal]: edição digital
| Fernando Pessoa |
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| Azuis os montes que estão longe param. |
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Azuis os montes que estão longe param.
De eles a mim o vário campo à brisa,
Ou verde ou amarelo ou variegado,
Ondula incertamente.
Débil como uma haste de papoila
Me suporta o momento. Nada quero.
Que pesa o escrúpulo do pensamento
Na balança da vida?
Como os campos, e vário, e como eles,
Exterior a mim, me entrego, filho
Ignorado do Caos e da Noite
Às férias em que existo.
31-3-1932
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