Depoimento do Governador de Pernambuco sobre a tentativa de assassinato de que foi vítima.
Illmo e Exmo Senhor
Tenho a honra de enviar a V Exa para que tenha a bondade
de a fazer prezente a S
Mage a relação incluza de presos que
por occasião do soccesso da noite
de 21 do passado, sou obrigado
a remetter para essa Corte á disposição de sua
Magestade.
Dos documentos que a acompanhão os meus primei
ros officios dirigidos
pelo Paquete, e dos que acompanhão
ás 2as Vias dos mesmos, que agora
tenho a honra de
remetter a S
Mage e ao congresso das Cortes Nacionais,
bem claro se mostra, que
estas prisões posto que arbitrarias,
forão indispensaveis; e felismente evitarão
huma cedição furio
sa que esteve a ponto de rebentar a noticia do assassinio
perpetrado contra mim. O mesmo Ouvidor da Comar
ca julgou indispensavel esta medida,
como do officio
que me dirigio no dia 22 e que por copia tãobem remetti,
consta. O
Ministro, e os Chefes dos Corpos armados, que
bem virão qual era o espirito que
principiava a desenvolver
-se pedirão até a remossão destes indivíduos sem processo,
nem devassa, pelas razões que alegão e que me parecerão
convenientes. Sobretudo
outra razão muito mais pode
roza tive que foi evitar que os Corpos armados se
arranjas
sem a hũa sublevação com o pretexto de vingar-me. As
primeiras ordens que
dei quando me vi mortalmente firi
do forão que se não vingasse a minha morte, e que
se
sustentasse a paz na Povoação: bem custarão ellas a exe