O autor, fazendo-se passar pelo frade Pedro das Chagas, pede dinheiro com a desculpa de que vai viajar para Viana.
em estremo folgei de ouvir novas de V R as quais festegei cõ tanta
festa como era de resão os festegos e, oje quinta fra a tarde
chegou aqui o Irmão frei antão o leiguo e frei felix os quais
vinhão do noso convento de Coimbra, e tanto que me diserão q
V R estava em casa da Snora sua mai não quis perder a ocasi
ão de mandar ver a V R o padre Ministro me mandou dizer
fose pedir minha consolasão ao padre provincial, e eu asim
o tenho feito e vou morar a viana cõ o pe frei bento das neves
do que estou mto consolado. mas tornando ao que asima diguo, mto
me pesou cõ as novas que me deu da morte do padre frei João
cabreira Ro na casa da saude, e estar ferido frei aleixo e
ficar mto mal a sua partida disto me pesou mto mas seja ds lou
vado cõ todas as cousas. A causa por que lá mando este moso a pra
pera me trazer novas de V R e asim tãobẽ da sora sua mai
e irmãos, a segunda he pera que fasa V R caridade desa
esmola que V R emprestei em coimbra porque lhe sertefico que
a não ouvera mister que lha não ouvera de mandar pedir
e tambem porque me parto segunda fa pera Viana e mto bem
sabe V R o que ha mister hũ frade quando caminha e mais
nos tempos d agora que por mto que tenha mto mais ha mister. Ao
portador desta os pode V R empregar porque he seguro. eo mando
entendera V R quanta he a minha necessidade
esmola cudo que são mil e quatrocentos rs, mas V R os
de serto