A autora escreve à irmã lamentando não poder vê-la mais vezes por a destinatária estar recolhida. Queixa-se também do cunhado por ele desaprovar o casamento da sobrinha, filha da destinatária.
Querida mana da m alma bem podes tu supor q tu não me
desbancas nu amor pa comigo tu bem conhesses u eissesso q con q
sempre te amei foi grande asim gulga u quanto isto me mor
tificara u Ver q te não posso falar nem saber di ti Ds nos de pa
ssienssia pa merecernos pa con Ds q a mortificacão não pode ser
pior, q toiro ensulente q tem consseguido tudo quanto Quer
mas Ds premita q pague neste mundo as inssulencias q tem
feito q de outra sorte não se pode salvar Eu agora o q dezejo
he ver Ma cazado Con Antonio da Cunha q esse he o meu Cui
do não se mude a rapariga por azonnas do Pay q feito o ca
zamto mtas coizas has de tu ver a teo favor Ds te de saude e ar
mate de animo q con u favor de Ds ainda te has de ver
con gostos, Eu fasso conta de amanhem hir falar con D Nu
no pa ver se alcansso licenssa pa te falar q Ds premita
q Eu conssiga esse alivio o q he mao he us alugeis de seje
e eu estar tão pobre a E tambem me dizem q ei de hir fa
lar a el rei e os sacratarios eu m rica mana por ti estou
pronta a fazer todo u eissesso, q estas coizas bem podes tu
supor pa o meu genio u quanto me custara, no q respei
ta a Joze Pedro ha tres dias q u ssube te afirmo q me fes bem
rauva mas eu não quero quem lhe de milhor u recado q
u mener q tambem tumou pacham e a m. D Anna q
falla nisto bem a meo gosto aseita delles tres mil reco
mendassois u mener suponho se vai de hoje a oito dias elle
me deo esse escrito pa te mandar mana disserãome