A autora escreve à sua irmã para devolver dinheiro que a destinatária lhe tinha emprestado. Queixa-se da saúde e pede o envio de azeite e tabaco.
Minha rica Manna do meu coração Dentro neste esta
depozitado todas as esmolas q de vmce tenho recebido pa me lem
brar dellas e rogar a Ds pella sua saude, e do manno a qm
e de estimar tenha chegado com felis saude pa a mana não
ter q sentir, ma rica manna creya q bem me custa
emportunala, mas o seu genio me dá animo pa isto sabe
rá minha rica manna q hoje bespora da Asenção me
deo hũa couza por todo o corpo q mo tomou todo e ate
a fála tinha tomada de sorte q emtenderam q seria
estupor de q Ds me livre mas a snra do Monte do Carmo
me acodio lembrandose q não tinha pa me curar, e co
mo não fiquei mto boa e como tenho medo me repita e
se for de noute me será pior por me ver as escuras por iso
me atrevo a pedir a vmce em louvor da snra do monte do
Carmo me valha com hũa gotinha de azeite se tiver e
se o não tiver pasiencia q eu bem sei q se o tiver me
não a de negar pello q eu tenho exprimentado, e tão
bem hũ bocadinho de Tabaco ainda q seja duas pitadas
e aDs minha rica Manna q ja da cabeça não poso
mais emcomendeme a Ds q se lembre da ma pobreza
o pa me dar saude o q me leve pa si, e o mesmo snr lhe
dê a vmce tudo qto dezeja esta sua Manna q mto
lhe qr
Ma
cá recebi vinte e sinco reis pella
Lavadeira q me serviram bem e Ds
lhe dê o pago, deime saudes as suas
vezinha