CARDS5098 1823. Carta não assinada, atribuída a Marcelina Rita Clímaco, para Francisco Xavier de Sousa, pintor. Autor(es)
Marcelina Rita Clímaco
Destinatario(s)
Francisco Xavier de Sousa
Resumen
A autora mostra-se indignada com o comportamento desleal do destinatário.
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Leva a ma
Não ma restituas
pois q ainda a possuas
Assim nos convem não só porq o gosto bem de acompanhar-te Mas pa ensinarte oA amares mais bem
3 de gulho
Recebi em u dia do 30 do pado huma
carta sua i não lhe poso expelicar
a empercão q esa me cauza de maneira
q nen pude cer Sra de mim pa escrever
i apneas receberia huma q ja estava
feita pa hir com us bolos de q ce não
avia de otelizar pois não podia xigar
capazes hera enpocivel i eu so us man
dei pa lhe mosterar q me não esceso do
q permeto ethe brincando como pode
ria faltar o q gurei pelo mais sagra
do a meu F q poco te mereso parciame
q asas tinhas rezoens bem fortes pa não
acraditar nada i formar de mim hun
conceito bem diverso não hera crime
o mosterar as mas cartas a - cenão
pela colizão pois via huma molher
a falar como dezesperada q entendia
q hera por fedilide fedelidade a sua
pesoa hera do q tinha dever q eu lhe hera
falsa não he acim o meu rico digo lhe
cinceramte q so coando vi as suas cartas
he q dei credito vi q u q ela dezia a ceu
respeito tudo hera verdade vi hum tes
Testemunho enfalivel i q eu não
podia ja nen duvidar ne ngar i q de
via dar todo o credito a tudo de q ela
ce gavava isto não he ifeito de siume
Snro X não ninguem ha q ceja mais
mestra diso do q eu bem u sabe mas nun
ca lhe consto athe a prezente hora q
eu dicese huma so palarvara en ceu
dezabono bem pelo contrario mesmo
antão coando me dizião certas coizas
saidas pela sua boca olhe q hera
huma fera i não dava Libardade
pa q me falacem huma so palavara
q foce en ceu dezabono nen ma ...
pois nen hesa mesma Que foi a primeira
q me dice q E tinha cartas minhas en ceu
puder mandadas pela sua pesoa eu
lhe respondi q iso hera enpocivel porq
eu nunca lhe tinha escrito i q ce eu ca
hice niso tinha toda a certeza q as não
mosterava a ninguem pois não hera
nenhum brageiro i o resto respondia
q fizecem de comta q hera verdade
Mas q eu não queria q tivecem no
atrevimento de me falar huma so
palavara nna sua pesoa i diante
de mim ninguem tera u atrevimto
de dizer coza alguma se u ceu Amor
foce verdadeiro nunca ronperia en
me fazer u q me fes u q nunca deveria
sahir do ceu peito hera u q lhe cer
via pa ce devertir a ci i a quem lhe
parcia q me fas lemberarme
do q tenho pasado ver as suas finezas
us ceus portestos e pa q pa me fazer
ver q dipresa hira pa a sua tera
mosterarme q não he de todas mas cim
de huma so i eu antão digo q en toda
a parte aonde exzistir estimarei bem
poderlhe dar provas q nen fui nen so
nen nunca jamais poderei cer cenão sua
dezejo continui a pasar bem como
me dis i q ce divirta gozando de tudo q
u enteresa i pode fazer felis pois he u q
lhe dezejo
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