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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1627. Cópia de carta de João Gomes Lopes, confeiteiro, para o seu irmão, Francisco da Fonseca, confeiteiro e mestre de meninos.

Autor(es)

João Gomes Lopes      

Destinatário(s)

Francisco da Fonseca                        

Resumo

O autor tece fortes críticas ao destinatário por ele não se ter escondido, livrando a sua honra.
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[1]
como me dis porque dera os 700 rs esses
[2]
deu v m seu dei mais de 10 testois e v m
[3]
dis que por carta minha digo q a quem
[4]
mandara eu o avizo q mo não estimara
[5]
mto e v m agora acorda isto em dizer
[6]
q mto parvoamte se fora de sua caza
[7]
bem parece q v m esta os beisos que
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mamou pois dis o q dis sinal he q não
[9]
v m credito as coizas q tanto inportão
[10]
e vão honra nelas a carta q lhe escrevi
[11]
ma palavra bastava ao mais sinpre homẽ
[12]
q ouvera no mundo pera não estar ja
[13]
no cabo do mundo ao doeser v m diso me peza
[14]
quanto ds sabe ao dizer v m q se sahio 5
[15]
legoas de castelo branco e que gastou e
[16]
gasta o q seus filhos não tem digo que
[17]
v m não esta em seu juizo pois me dis iso
[18]
quantos homẽs hai no mundo que deixão
[19]
mtos Cruzados por ahi perdidos e molher e fi
[20]
lhos e se pom em cobro ma testa qto mais
[21]
por meus pecados quem tem tantas cõtra si
[22]
não sei que pensamento he o seu se v m
[23]
se não quer hyr aguarde o pecado q a v m
[24]
não lhe an de mandar avizo e tem v m tão
[25]
pouco juizo que me escreve o q me escreve
[26]
a cabo de mes cudando eu q v m esta
[27]
va posto donde lhe não soubesem nem por
[28]
imaginasão donde estava he huã coiza

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