O autor escreve à mulher do seu irmão, Inês Pires, referindo que está a tentar ajudar o seu marido e aconselhando-a a deixar o marido fugido e longe para que não seja apanhado.
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Resebi sua carta de v m neça me cõta o estado |
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em que esta de v m mtas grasas a ds porque
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ainda pudera ser pior pois que lhe não
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acomtesido nada de mtas grasas a ds
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com tudo e comformese cõ o tempo q asim
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fazem os outros inda q comforme vejo cudo q v m não quer deixar hir seu marido por ese mundo deixeo v m hir ja q
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asim quis a fortuna q mtos derão mto dro
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porque lhe disesem o que diserão o seu marido e asim v m o deixe hir e não queira
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telo em parte donde o acolhão porq esta
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isto oje de maneira que não hai pai
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por filho nem filho por pai sabido he
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que se tem falado nele e ainda mal mtas
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vezes porque tantas vezes tem falado ne
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le ele me escreve hũa carta com o homẽ
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que fas zonbaria do q lhe tenho avizado
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eu não mandei la o homẽ a lume de palhas
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se não com mto bom fundamto de v m nẽ
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ele quizerem fazer o que lhe tenho avizado
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tomara o q lhe vier porq eu por meus pe
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cados ja ds foi servido de me levar a com
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panheira e asim não hai q falar v m di
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ga o seu marido o que lhe releva q ser
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to que outros derão mto dro por outro
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avizo e não ha mister escreverme mil
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parvoises e coizas de q todos dizem q ele
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esta doiso pois a cabo de hũ mes e man
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dado la hũ propio bastava sem mais
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avizo agora dezemcarego minha com
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siensia fasão o que lhe pareser dispois não me digão que não fis o q num
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qua fes nimguem que a min me tem isto custado o que v m não tem de
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seu nem eu q isto v m la e não sabem o q qua vai digo q não
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lhe nada e sere os olhos e vase por ese mundo e não aja outra coiza a ds
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que gde a v m
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V
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