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Maarten Janssen, 2014-

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1820. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para o seu irmão João Brilhante, também marchante.

Author(s) Inácio José Brilhante      
Addressee(s) João Brilhante      
In English

Copy of a family letter from Inácio José Brilhante, a merchant, to his brother João Brilhante, also a merchant.

The author tells the addressee that he will surely feed his horse, as requested. He states that he has nothing of his own and owes everything to the rest of the family.

Inácio José Brilhante accused his younger brothers João Brilhante and Francisco Brilhante of stealing, in the night of April 14 1823, 41 head of cattle, 256 bovine skins, 191 sheep skins and 1,280 pounds («40 arrobas») of wool. The accused argued that the cattle was theirs and that Inácio José had only managing functions. He argued back, saying that he was the curator of the younger siblings. The letters that we find in the court's proceedings were used as proof both by the accusation and the defense. The accusation said that they were written at the time when all three were still friends, so they proved nothing. The defense found in them the proof that Inácio Brilhante was only a manager.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 45r

[1]

João: Santarem vinte e seis de Novembro de mil

[2]
oitocentos e vinte: Receby a tua datada de dezoito, escrip
[3]
ta de Coimbra, e por ella vejo que passas bem, o que muito
[4]
estimo. Ora vejo que me rogas trate bem as Piquenas,
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e que lhi não disgostos, dito este que me tem cauzado
[6]
espanto, por não poder saber o fundamento de tal dito,
[7]
pois por mais que tenha imaginado não lhe posso
[8]
dar a sahida, e me lembro ser dito de Criança, ou de
[9]
quem tem falta de Conhecimentos, comtudo sou a dizer
[10]
te que eu fui Criado, e vou existindo para sofrer tudo,
[11]
mais me dizes que te não venda o Cavallo, e que se me
[12]
for pezado o seu sustento que to mande dizer para
[13]
mo remeteres, a isto sou a dizerte que mal me pode
[14]
ser pezada esta Despeza, quando elle nada come, que
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meu seja, porque eu não tenho aqui mais do que
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o bocado que e os mais me estão dando, e a franque
[17]
za e Liberdade, que me dão de eu determinar a lidar
[18]
com os seus bens e remedio como se fossem meus pro
[19]
prios, e por isso que jamais me pode ser pezado
[20]
o sustento do ditto Cavallo, ou Cavallos, huma ves
[21]
que os queirão conservar, pois eu com isso nada tenho
[22]
porque hoje me concidero hum Executor do que
[23]
me detreminarem, de que tenho a maior satisfação,
[24]
a Jaleca quando ouver meios ta remeterei, e athe ho
[25]
je o que se me offrece dizerte, conserva a saude
[26]
que te dezejo, e sou teu, Irmão: Ignacio: NB Joaquim
[27]
Ferreira, quer-me comprar as Cazas de Santa Cruz,
[28]
dis-me o teu parecer, que o mesmo mando proguntar
[29]
a Francisco, para lhe dar a resposta


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