O autor notifica o destinatário de que o arcebispo de Évora lançou uma devassa contra ele e oferece-se para o servir no que for necessário, garantindo-lhe que muitas pessoas da sua vila estão do lado dele.
[1] | morem os vam enterrar fora e não se abre igreja
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[2] | Alguma em esta va com entreditos, mas inda a
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[3] | sim todos tornam a culpa ao crerigo e sei eu
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[4] | q leva mtas fortunas de pessoas do povo mas elle
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[5] | fas galla de tudo pois conhesse q tem o Arsebispo
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[6] | por si tam empinhado, aqui me veio pedir tres
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[7] | sirtidois e me tras bem dezatinado por ellas pois eu me
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[8] | disculpo q hũa dos lamsamtos esta em caza de vmce
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[9] | sem embargo q o sor juis asim q lhe despachem as
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[10] | pitisois logo disse ao porteiro q fosse a caza de vmce
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[11] | buscallos e que mos livase, pa se lhe pasarem hũa he
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[12] | em como se lhe passe por sertidam q o obrigarão a q
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[13] | lavarse a erdade do Roguengo de tantos mil reis
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[14] | q pagava de renda pagaria por conta desta tanto
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[15] | a outra do q foi lamsado de verba de desima a fa
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[16] | zenda de sua mai em o anno de setesentos e quatro,
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[17] | a outra em como a sua Mai lavardora da erdade do
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[18] | Roguengo lhe fora lamsado do lucro e maneo da er-
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[19] | dade quatro mil reis, do anno pasado de setesentos
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[20] | e sinco fasso a vmce este avizo pa vmce saber as
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[21] | lidas em q elle anda tambem os porpios ouvera
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[22] | do bispo são emfenitos como me dizem e agora se
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[23] | me deu por nova do filho da sua ama de vmce q
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[24] | estava jurando em a devassa q o arsebispo escer-
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[25] | vera hũa carta ao bispo q elle n era cliente
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[26] | delle e de todos q o irmão do juis de fora anda
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[27] | va ja em lisboa com a bariga pello xam mor-
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[28] | to por se vir botar a seos pes e que dentro da
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[29] | carta vinha hũa patente pa iren pallo
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