A autora indigna-se perante a atitude pouco cumpridora de quem lhe arrenda as hortas e casas do Algarve. Pede contas ao destinatário e determina como ele há-de prosseguir no seu papel de administrador.
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Snr Joze Nicolau da Conceicão
Reçebi a sua carta e estimo a sua saude
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[2] | e da sua snra a quem nos re
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[3] | comendamos mto ca ma fa Benedi
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[4] | ta com mto espessialidade
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[5] | reçebi a contia que vmce aponta
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[6] | e lhe agradesso mto o trabalho que
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[7] | teve da cobransa que elles devião
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[8] | pagar a vmce ese trabalho, se não fo
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[9] | ssem tão descuidados de aprontar
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[10] | as suas quarteis no tenpo cecudido,
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[11] | pois desde a feira athe o emtrudo so
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[12] | bastantes mezes pa elles trocarem
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[13] | denheiro e aprontalo, elles so
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[14] | meninas mas engannosem porque
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[15] | nem sempre estou de omor pa sufrer
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[16] | as suas demoras, tambem pa S Franco
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[17] | se handem fazer escreturas no
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[18] | vas se quezerem continuar nelas
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[19] | porq me não fas conta dar
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[20] | as mas ortas per similhéte preso
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[21] | como elles pagão a orta velha
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[22] | da Talaia pagava sento e ses
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[23] | enta mil reis, mandelhe
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