O autor, informado do que acontecera à sua família, pede ao amigo que o mantenha ao corrente do que se for passando e que trate dos seus negócios, dando-lhe instruções sobre como o contactar.
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Se minhas desventuras e adversidades podem
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[3] | mover coraçois umanos seja hũ delles o de
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[4] | vm, e se acorde não dos tempos preztes se
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[5] | não dos passados e da mta amizada que teve
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[6] | com aquelles infiliçes e tristes afligidos
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[7] | q a serem os trabalhos tão afrontozos não
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[8] | avera rezão q os amigos nos desamparem
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[9] | a ocazião he forçosa a cauza justa minha
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[10] | ventura pouca em ficar tão cargada de
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[11] | mizerias não se olvide vm desta alma
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[12] | q o corpo mais he de morto q de vivo, e não
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[13] | fora minha ventura tal q fora nesta
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[14] | a nova de minha morte q ja lhe podia
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[15] | chamar vida pois tão desventurada a tenho
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[16] | e tão aborreçida he de mi acabesse ja
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[17] | com hũ animo tão atribulado y se far-
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[18] | tarão meos imigos de nosso sangue
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[19] | seja Deus louvado q tanto me tinha guar
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[20] | dado pencamto tive de meterme nesse
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[21] | Rno acabar com minhas amadas
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[22] | prendas mas por não tentar a Deus o não
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[23] | fasso mas de mra me consumirei na vida
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[24] | q so o dia do juizo me descubra; e se como
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[25] | fujo aos homeis pudera a Deus o fizera
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[26] | porq os mtos pecados meos o tem irritado
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[27] | contra mi, e mereço mto mais do q tenho.
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