Visualización por frase [1534-1537]. Carta de Dom Álvaro de Abranches, capitão de Azamor, para Henrique Vieira, mercador. Autor(es)
Dom Álvaro de Abranches
Destinatario(s)
Henrique Vieira
Resumen
O autor dá notícias de diversos assuntos da praça de Azamor e combina negócios com o destinatário. Recomenda-lhe sigilo em relação aos assuntos da carta.
Texto: Transcripción Edición Variante Normalización - Colores
Sro amriq vyeira vy vosa carta
e quãto hao q dezes de Raby abrã ja sabes
q sam judeus amtremetidos e mouros
descõfiados
eu nã lamcey hos feros
a benafidel por cousa q dele me dise Raby a
brã mas porq lhe achey hũa lamca mynha
ẽ sua temda q me avyã furtado e sẽ fero
almãcor me dise do freo de mõcoba
mãday
mo por almãcor q lhe tornara a levar ho di
nheyro ẽpregado ẽ cousas de qua q lhe valhã
mais e fiquay lhe vos por yso e põde lhe hos
bordates ẽ penhor ẽ sua mão e venha toda
vya ho freo
quãto a jaco tosã jam Roiz nã
esta aquy cõ quẽ sey so a de negocear
quãto
a yda de sua molher farsea ho q vos
quyserdes e nyso mãdardes
quãto ao q me diz
de luys do loureyro nã m espãnto diso porq
sam ẽperadores de sãt espryto cheos de vay
dade do cargo q lhes elrey noso sõr da polas
acupações dos fidalgos
cujas
has
capita
nyas sam
e nesas mỹtiras vyvem eses
escudeyros e fazẽ ho q lhe cõpre e mãdã
polo q ham
mester
qu elrey noso sõr
ho puder da capitanya nẽ no tira a hũ
escudeyro nẽ no acrecẽta a hũ fidalgo
porq ha ge da capitanya nã se põe nẽ se tira
amtes vos digo q quãdo ho capitã d arzila
faz paz q has faz por sy e polos outros
lugares day para cima - s - tãjere e leraxe
e ceyta porq frõtarya do reyno de fez
e os houtros
fiquã detras e asi he d azamor q temdo
gera azamor nã podem ter pazes hos outros
lugares daquy para baxo - s - mazagã e cafim
e
temdo azamor paz como poderya hos outros
fazer gera
e sam yso vẽtos d escudeyros
eu vos tenho mãdado hos avysos do q pasa
ẽ portugal acerqua d elrey de fez
e fiz volo a
saber por voso proveyto e merce
eu nã poso
mãdar
pedir mercadaryas nẽ cõtrato
sem mas pidir a mỹ elrey de maroquos
quãdo ouver por trabalho mãdar
a portugal a yso hũa pesoa de cõfiança
e pedimdo mas ele co este achaque ho
escrevery ao cõde do vymioso e o cõde da cas
tanheyra e a fernã d alvares q tem es
tas cousas todas nas suas mãos
e vyrnos hia o cõtrato cõ qu elrey
de maroquos ganhase mais de corẽta por
cento e cõ que fosemos riquos
estas
cartas q vos escrevo acerqua disto traba
lhay por mas trazerdes todas a mynha mão
ou queymayas porq ha y mtos rapazes e
muytos mexyryqueyros e mais nesta
cidade dõd eles nacẽ e crecẽ
quãto ao q
dizes q se ho semear ate as atalays e o gado
por õde quyzerem q o tornares ja ves nyso ter
escryto
nã fares mais q ho q vos madey
dizer noutra carta
ho freo vos emco
mẽdo mto q mo mãdes
diz q trouxe hũas
boas estrybeyras mõcoba he sã mto boas
tomalasey a partido dũ mouro no q
vos parecer bem
e mays .
ja sabes como sã apititoso de cousas
de fez e q has cõpro sẽpre mais caras
do q valem metade
nã tenho mais q
vos escrever
ẽcomẽndome sor em vosa
merce e day por mỹ prolfaca a elrey
e a moley zidã de suas vidas e se mãdays al
guã cousa desta cidade ou de mynha casa
q ho farey ,
dõ alvo d abrãches
a xxiij de outo
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