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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1822]. Carta de autor anónimo para [Manuel Marinho Falcão de Castro], Intendente-Geral da Polícia da Corte e do Reino.

Autor(es)

Anónimo42      

Destinatário(s)

[Manuel Marinho Falcão de Castro Morais]                        

Resumo

O autor pede ao Intendente para prender uma alcoviteira.

Texto: -


[1]
Illmo Senhor Entendente.
[2]
Illmo Senhor
[3]
hum Cidadão Por-tuguez muitto pouco sivilicado em Materias politicas, porem amigo da Paz e da Verdade, Como da Caridade mais Como tem pre-senciado handar huma Mulher Madra mais Portuguez finissi-ma Alcoviteira, que todos os Dias en geral, os seus Destinos he pela Praça da figueira desencaminhando como o tem feito meninas de 12, 13, 14 anos Conducindoas a desplovorada miseria de sa-callas de caza de suas mais e Conducillas, por mandado dos seus saletes vadios A miseravel miseria de q nella vem a cavar
[4]
pois Exerçendo o Senhor Entenden-te a sua Recta justiça de to-da a Caridade, queira de-vassar Contra aquel mostro e Recompensarlhe o seu travalho, que a lei neste Cazo lhe premetir, sendo Re de tantas vitimas e Miserias, que tem feitto e vai fazendo
[5]
e não deixan-dosse aludir de seus vali-dos vasallos, tem o Sen-hor Entendente hun grande ofesial para esta Delega que por Nome Miguel,
[6]
cuja senhora alcoviteira chamasse Carlota, huma Rapariga o mais de 20 a 26 as hum pouco vaixã, tem Capote cor de Castanhã, seu Destino pela praça da Figueira donde tem feitto seus gran-des empregos, juntamte tambem pasea muito pelo Rocio, muitto vem conhecida pelo seu Proprio Nome e pelo de alcoviteira;
[7]
Espero que veremos nela alguma Justiça.

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