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1722. Carta anónima, possivelmente de uma freira, para um padre.
Autor(es)
Anónima50
Destinatário(s)
Anónimo350
Resumo
A autora alerta o destinatário para um caso de feitiçaria.
Texto: -
[2]
Meu Carisimo Irmão
e Snor
[3]
vejo se me defi
culta o zellos a vosas pa
ternidades con a bervida
de
q dezijava e por esta
rezam me rezolvo a escre
verlhe o q so era
pa dizer
no confiseonario
[4]
o portador
desta he meu paii
[5]
elle não sa
be nada do que nella quero
dizer
[6]
nesta comarca de
gimarais
ha gente q tem fe
to pato com hũ diabo q lhe
cha
mão asmodeu
[7]
e mta gente
sem o saber antra neste
pato
[8]
chega esta peste a al
guãs pesoas do porto e de
aveiro mtas de
gimaraes
[9]
como este diabo he au
da lixuria por vertude destes patos entram homeis em
algus
conventos de freiras e emtrã molheres em conventos de frades
[10]
Anto Luis de Simois tem em Caza huã Mossa q chama
maria
na grande Mestra destas Coizas
[11]
digo isto pa
q vosas pater
nidades vam podendo ser pregar algua Igreja
q fique
perto desa Caza pa ver se he
Ds servido mover alguas
pesoas de lla a irem confesarse Com
v p
[12]
eu avmando ate tersa
feira a
Unhão dizer ao reitor aonde v p esta q he omem de
vertude e a de puxar a v p aonde seja conveniente
pa
este particular
[13]
Chamase joão Roderiges Rato tem em huã
Igreja aneixa hũ parico de vertude e neses oredores ha des
ta gente
q digo
[16]
emcomendeme a
Ds e lhe gde a V p como lhe peso
pa lhe fazer
mtos servissos
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