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Maarten Janssen, 2014-

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1619. Cópia da carta de Leonor de Caminha para Francisco Gomes, seu sobrinho e genro.

Autor(es)

Leonor de Caminha      

Destinatario(s)

Francisco Gomes                        

Resumen

A autora informa o destinatário do bem que lhe fazem os escritos trocados na cadeia e do andamento do seu processo e do de outros presos.

Texto: -


[1]
Os vossos escritos me animão e dão alivio neste valle de Amargura em q estou mettida por meus peccados. E vejo nelle mettido todo o bem q na vida possuia pello q peço pellas chagas de xpo me não faltem enquanto puder ser
[2]
e ao q dizeis acerqua de eu dar os Ais cousa he q eu não faço porq des q Vim pera esta casa se me fechou o coração de maneira q nem fallar me ovem
[3]
e se não fora o favor destes escritos ja fora morta morta
[4]
o vosso mandei a vosso tyo e inda não tive reposta
[5]
vindo volla mandarei
[6]
quanto aquella triste ella me parece esta no cabo porq me dizem suas companheiras e esta mto mal
[7]
e ao q dizeis das traditas pareceme q ja lhas não posso pôr porq quando fui a mesa e me perguntarão se minha fa era minha Inimiga lhe respondi q não porq não sabia o q tinha feito.
[8]
mandaime dizer se posso ainda q disse isto ao sor Antonio da Costa q porq não responde ao do bachalhao porq estamos enfadados por não saber se foi em paz e q isso basta
[9]
se ela over novas de hum diogo lourenço de Villa Real mandemo dizer
[10]
e com isto ads
[11]
q nos livre e mostre a verdade de nossas Inocencias neste peccado e asim meu filho pegemonos a Virgem de Vagos sra nossa q ella nos acudira com verdade e nos livre
[12]
quarta feira vierão dous homẽs e hũa molher de fora q he a q daa mtos ais com mta tribulação
[13]
mandaime dizer se sabeis donde são ou quem são. e se veo mais algũa gente ou se ha novas do perdão

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