CARDS7024
1825. Carta de Fradique Loureiro, criado de servir, à sua amada.
Autor(es)
Fradique Loureiro
Destinatário(s)
Anónima4
Resumo
O autor defende-se perante a amada de acusações que julga injustas.
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Minha Crida
mto Estimo a sua saude e da
sua Mei e da mais famillia da
Casa pois a ma he boa pa e
tudo lhe dar gosto
ma Crida
tenho pezar de não poder
aparçer nesta Rua pur via do
ferrão que me quer armar hu-
m Crime pois tudo Com mintir-
a que eu lhe farrei huma fa-
cada numa Besta pois tudo
he pur via do Bariga de Bixo
do Cachiro que me quer pren-
der e deitarme pur huma B-
arra fora pois eu Como não
tenho Crime Algum não me
temo de nada deste mundo
pois eu quero ver nu que histo
para que se for contunuando
que me queirão prender eu pego
e mim e vo aSentar praça
nu Rigimento de Cavallaria
N 1 da Alcantra mas quero o
otro dia apezar de eu hir
morrer o Cais de tongo vinho
aqui quando helle Estiver
atras a porta pa dentro
ferrolhe hum tiro e conte
helle Se me fizer hir a
Catibar que eu Veiga que não
tem rremedio Conte que o ferrão
não devo 8 dias eu hirei pa
e
ferino mas Conte que se ha
de Lembrar que fas huma
Criença que não tem barba
se eu fizeçe Mal Alguem po
dia eu ter medo; ma Crida
hes aqui o que se paça he hes
te Dias fara mtas Saudades á
sua Mei e as meninas e as
minhas pa Comsigo não tem
fim deste seu amante do C
se eu for asantar praça me
paçarei aqui Algumas vezes
mas não Venho Ca sem vir
fardado e Com heste
e Vome fazer desgraçado q
Conto não me aCabo de ca
zar Deos ma Crida do Cor
mesmo aSim quero ho Con
çelho Seu D
M S Fradique de Loreiro
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