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[1619-1621]. Carta de soror Dona Joana Baptista, freira, para destinatário desconhecido.
Author(s)
Joana Baptista
Addressee(s)
Anónimo284
Summary
A autora pede que o destinatário tenha piedade de uma freira que, em seu entender, foi injustamente denunciada. Elenca uma série de factos que atestam ter aquela mulher sido vítima de falsos testemunhos por parte dos seus inimigos. Explica igualmente as razões que geraram o conflito entre as partes.
mão
antonio pacheco e rimão da antonia de são ber
nardo a q ficou tudo q digo ētregue vai hũ rol
das enemigas e nemigos pera q vm halumii porq
q quãdo ca estava elas falavãlhe bē agora es
tão declaradas por inimigas tudo isto por o dinhei
ro e fazēda q descubria o fisco nos nũca nela vi
mos se não ser mto boa crista e gastar a mor parte da
sua tēsa cõ as e fazer duas festas não no
gastava vinte mil res de nosa snor do rozairo
de s antonio dava mtas esmolas e sēpre disi q não
era filhe de simão de medeiros e q não tinha
nada da nasão e veo pera esta casa menina
de cinco anos e haqui se crismou e lhe mu
dou o bispo de rafaela de s antonio lhe pos maria
por a devosã q tinha ē nosa snor do rozaiaro
soi sua mestrar dona antonia de vilhena tia
da madre abadesa q agora e ela eu fizemos
cõtr gosto por has chagas des lhe peso q se
e viva ha mã trartar bē porq tē mil ēfer
midades ela não sera viva cõ tãtos traba
lho e as doēsas e ēfermidades lhe tē tirado
mta pare da memoria por onde não caira nas
cousas q relevão pera sua livrasão vosa mer
alumi pois hai nesa sãta casa asiste o es
pirito sãto e nũca nela vimos cousa por
ande a posamos cõdenar sēpre tratava
cõ as cristas velhas e lia duas oras do dia livros
sãtos fazia mta devasã a todas dona isabel