A autora pede a um religioso que interceda junto do rei (que "não deixe de meter muitas cunhas"), de modo que ela possa sair do seu desterro.
mui ille snor
não me negara vosa m que eu tenho sobejja
rezão de me aqueixar pois ha tãto tẽpo q não
vejjo letra sua que p min he ocasião de
me agastar mto quãto mais que tras cõsigo
este discudo ũa sircũstãçia mũi ma que mto
me ocupa ho sẽtido que he cudar eu
ou areçear que sejja isto per causa d algũa
pa que valha agora la mais que eu cõ vosa m
se esta suspeita minha não he verdadeira
venhase vosa m ãtes que acõtesa.
e porque cudo que vosa m não pode tardar
jja mto não direi nesta mtas cousas q ca são pasadas
cõ ha vinda do geral porq de pa a pa se poderão
milhor dezer por serẽi mũi miudas.
sov os meus negoçios quero agora tratar
he e que de novo torno a pidir a vosa m
por a paxão de cristo que não deixe de meter
mtas cunhas cõ sua majjestade pa que ajja
misiricordia comigo pois en castigo tão
riguroso não se satisfas posto que tal
sejja e fica sẽdo ocasião de eu morrer
desterrada e cõ mta duvida de minha salvação