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Maarten Janssen, 2014-

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[1536-1538]. Carta de autor não identificado para Luís Dias, alfaiate e tendeiro.

SummaryO autor expressa a sua admiração pelo destinatário da carta.
Author(s) Anónimo526
Addressee(s) Luís Dias            
From S.l.
To Setúbal
Context

As cartas PSCR1196 e PSCR1197 encontram-se no processo de Luís Dias, cristão-novo, de trinta e quatro anos, morador em Setúbal e preso pela Inquisição em 1538, acusado de tentar persuadir outros cristãos-novos de que ele era um profeta e o verdadeiro Messias. Quando foi preso, foi encontrada em sua casa, dentro de uma arca, uma bolsa de couro com duas cartas e um conhecimento. A carta PSCR1197, dirigida a Isabel Fernandes, mulher de Luís Dias, e o conhecimento de João Fernandes, meio-irmão da mulher, embora não estejam assinados, foram escritos por Luís Dias. De acordo com a acusação, o destinatário da carta PSCR1196 era tratado com grande veneração, com palavras tais que parecia que a carta se dirigia mais a pessoa divina do que a humana. Para além disso, esta mesma carta continha palavras em hebraico. Luís Dias tentou defender-se, afirmando inicialmente que estas cartas teriam chegado à sua mão no meio do papel velho que comprara para o seu ofício de alfaiate e tendeiro e que as crianças, seus filhos, deveriam ter estado a brincar com elas, tendo-as guardado na bolsa. Contudo, uma vez que os sobrescritos indicavam a sua morada, este argumento não foi aceite.

Support meia folha de papel não dobrada, escrita no rosto .
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 3734
Folios 21r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2303700
Socio-Historical Keywords Raïssa Gillier
Transcription Teresa Rebelo da Silva
Contextualization Teresa Rebelo da Silva
Standardization Raïssa Gillier
POS annotation Raïssa Gillier
Transcription date2016

Page 21r

ao snor meu pai e a toda familya sua

asy como alexandre partyo ho prove q lhe pidio esmola catando a quẽ dava senõ avẽdo Respeyto a seu senhorio asy ho sor meu partyõ seu svo merçes grãdes como sua grãdeza e não como meu pouco mereçimẽto damdo me auga da sua fomte pa minha cõsolacão e de todos hos sequyhosos da quall manã çertos Rybeyros e pelo saber deles conheçy serẽ da fomte primçipall por synall que todas as houtras sam salobras diãte da sua muito follgara q tevera neçesydade de cõprar algũas cousas pa sua tẽda que lho fezerã vyr a esta terra pa fazer merçe seu svo vyr a pousar ele pois sabe a vontade que tẽ pa ho Reçeber hou mandar lhe leçẽça pa yr la porq se deyxou de a tomar fovy por lhe pareçer empidimẽto a fremosura seja çedo descuberta pa servyço do sãto q seria bẽto pa sẽpre dos sempres amen

svo de sua mahala yz ha


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