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[1628]. Carta de João Esteves, antigo guarda do cárcere da Inquisição, para Filipa Pedrosa, sua mulher.
Autor(es)
João Esteves
Destinatario(s)
Filipa Pedrosa
Resumen
O autor envia instruções à mulher sobre como gerir as suas propriedades e pede-lhe notícias dos filhos. Não só elabora uma enumeração ordenada de dinheiros que lhe devem, como também as propriedades a serem exploradas por outros. Também refere no final que a carta estaria a ser escrita com um pau e que a carta do filho tinha chegado selada com lacre, provavelmente querendo confirmar com o filho os sinais da carta ou revelando que o cárcere não tinha aberto a correspondência que chegara.
noso sor vos alegre como me alegrastes cõ as vosas E noso sõr vos aseite
as pasadas q por mĩ dais E derdes estimo mto terdes saude e os meninos
noso sor volla de pa seu emparo E meu não me mãodais diser se
falastes na manoel da caunha ou o que vos Respõdeo de tudo me
avizai miudamte E apertai co o velho q nelle esta mto se elle
quizer falar E Rogai mto ao sor amigo se não Emfade q Eu te
rei conhecimto tirandome des deste cativeiro mãodaime dizer
se vos deu o negro os 6000 mil rs da mẽsão do clerigo E se tẽdes
novas delle E como vier se vos derão os seis mil rs q lhe va dar
quitasão q bẽ sabe adonde elle mora folgarei saber se vos
vierão os 10 alqueires de trigo de loures E adrião dias se
sastifes E se alguem vos acode cõ algũa couza; a vinha como
for tempo andre botelho dara órdẽ pa ser vindimada E não esque
sao do vieira q são mil E oitosẽtos rs folgarei saber antonio
se vai tomar lisam ou como passa o seu tempo q aprẽda e ir
nosemos todos pa ovidos avizaime coando vier o pdre mas Elle não
saiva nada he nasario saber do marcal nunes das bullas