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Maarten Janssen, 2014-

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1711. Carta de Manuel Mendes Cunha, homem de negócios, para o seu tio, Manuel Mendes Monforte, médico.

Author(s)

Manuel Mendes Cunha      

Addressee(s)

Manuel Mendes Monforte                        

Summary

O autor dá várias notícias ao tio, entre as quais a da morte da mãe dele, sua avó, e a de um tio, Luís Aires, e informa-o sobre questões de dinheiro, sobre os negócios de ambos, sobre comércio e esmolas que quer fazer. Pede-lhe ainda que lhe escreva sempre que algum navio partir da Bahia, pois há muito que a sua família não recebe novas dele, estando todos preocupados. Agradece-lhe o envio de vários alimentos, que afirma ter distribuído pelos familiares. Notifica-o ainda sobre as prisões, pela Inquisição, de várias pessoas de Castelo Branco. Tendo, entretanto, recebido uma carta do tio, acrescenta os seus agradecimentos pela missiva e descreve a alegria de todos pelas notícias recebidas.
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que lhe ficou dos dois Inimigoz que a roubarão mas sim, o alheio, maz não sei se ma May tem alguma culpa em não tomar o meu bom ou mao conselho que logo lhe dei no pro anno de Lxa que era que nos fosemos fora della pa as nozas terras donde eu me avia criado com aquele negosio que elas premitião mas parese que tudo vem detreminado por Ds que quando a Roda prensepia toda a deligensia que se faz pa ter mão na furia the balda demazya não tem remedio o que emporta he buscar modo por donde possa remar e ver como hei de sustentar esta caza. ora meu thio e sro basta de relatorio que leva consigo tantaz ocazions de penas e pasemoz ao mais em que thenho que falar.

Dou notisia a Vmce em q meu thio Custodio da Cunha Brandão se acha nesta sua caza de Vmce que veio de fransa em 7 de 8bro a tratar de que deixou neste Reino movendo a isso não so as nesisidez que naquele pasava como o querer satisfasão ao que devia porque ficando na mão de huns estrangueiroz chamadoz Bejamon Roballo e Pedro Roballo, o milhor de des ou doze mil cruzados em xaz Rolloz e outras mais fazendas com ordem que daqueles efheitoz carreguasem a Vmce e a meu Thio e Sro Mel Mendes Monforte tanto que lhe pertensia estes tais o não fizerão antes lhe escreverão em carta que lhe agora me mostrou o seguinte the o prezente não temos carreguado coiza alguma pa a Ba o que faremos a seu tenpo Vmce de lla lhe não escreva porque noz teremoz cuido de o fazer de ca e temoz retido em nosa mão as cartas que Vmce lhe tem escrito em forma a que esta mesma carta que foi feita em 702 dos tais estranjeiroz serve hoje de clareza pa do Custodio obriguar a estes tais e vendo elle que se pasava hum anno outro anno sem que eses homeis lhe mandasem coiza alguma e menoz desem conprimto az suas ordeis cauza por onde o terião em ma conta se resolveo a deixar sua molher e filhos e vir a este Reino com tanto Risco como Vmce deve con



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