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1711. Carta de Manuel Mendes Cunha, homem de negócios, para o seu tio, Manuel Mendes Monforte, médico.
Author(s)
Manuel Mendes Cunha
Addressee(s)
Manuel Mendes Monforte
Summary
O autor dá várias notícias ao tio, entre as quais a da morte da mãe dele, sua avó, e a de um tio, Luís Aires, e informa-o sobre questões de dinheiro, sobre os negócios de ambos, sobre comércio e esmolas que quer fazer. Pede-lhe ainda que lhe escreva sempre que algum navio partir da Bahia, pois há muito que a sua família não recebe novas dele, estando todos preocupados. Agradece-lhe o envio de vários alimentos, que afirma ter distribuído pelos familiares. Notifica-o ainda sobre as prisões, pela Inquisição, de várias pessoas de Castelo Branco. Tendo, entretanto, recebido uma carta do tio, acrescenta os seus agradecimentos pela missiva e descreve a alegria de todos pelas notícias recebidas.
esmolas que ordena se dem, Farei venda deles e seu prosedi
do entreguarei a ditto Mel Rois da Costa pa seguir sua ordem
adevertindo a Vmce que o rendimto dos seis fxoz não chegua pa
o que Vmce manda dar e hão de faltar o milhor de 15 U ou 18
mil rs e ma May he de votto que az esmolas se dem por en
teiro como Vmce ordena, porque entende que asim o le
vara Vmce em gosto. os dois fxoz entreguares a elena
nunes e a sua cunhada izabel gomes Em saindo do S Offisio
pa onde az prenderão e a todoz os mais que vinhão em sua conpa
nhia, asim que chegou o Navio a esta side E a elle oz mandarão
Buscar, premita Ds. livrar a todoz, e não perdoar a qem com tão
pouca rezão dezenqueiatou esta jente Rezão por que eles agora
o vão fazendo a toda a Beyrae tanbem prenderão ja em casto Brnco huma Anna Rois molher de Anto Rois Pra e em idanha a nova hum Alvaro Rois boticario irmão desta tal e a duas
irmans mais donzelas e por nossos pecadoz pasara isto a mais
nesta corte se achão ha mes e mo Lazaro Rois Pinhro Cna Nunes E seus filhoz o Dor Thomas Nunes Morato e João Rois Morato
e dois filhoz de Illena Nunes chamadoz hum Lourensso
Nunes e outro Mel Nunes Idanha, E esperase brevemte por ma
Prima Clara saber e mais algumas pessoas que paresse
tem negosio que presizamte os obriguase a vir a esta
corte e se os mais fizerão o mezmo ezcuzarão de eixper
mentar o que tem eixpermentado, e em outra a par
te direi a Vmce mais miudamte o que se me ofrese neste
e noz mais particulares.
meu thio o sro Manuel Mendes Monforte me estranhou mto a reme
ssa que lhe fiz doz chapeoz finoz que ofresi a meus Primoz e a do sro
dizendo que elles não ezperavão que eu lhe mandasse nada
e que quem não thinha que não dava eu se o fiz foi por votto
de Vmce asim que Vmce me deve dezculpar com do sro porque
en tudo dezejo fazerlhe o gosto e não menos a Vmce.
Depois de ter esta feita, me chegou a mão em 20 do corrente fro uma
escrita em 2 de 9bro e vinda na sumaca de lisensa que chegou em 18
do do fro como atraz faso mensão e não sei por que via veio; e a estra
da que recolho, a da carta em caza; que julgo ezcuzado em
careser a Vmce o qto todoz o estimamoz pois o deve fiar Vmce que a Vmce
amo, e venero, e mto mais por termoz o seguro de que Vmce e ma