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1735. Carta não-autógrafa de Joana para o seu irmão, António José Cogominho, fiscal da Intendência das Minas de Sabará.
Autor(es)
Joana
Destinatario(s)
António José Cogominho
Resumen
A autora, viúva e mãe de 12 filhos, queixa-se ao irmão das suas dívidas e pede-lhe ajuda.
J M J
Meu Irmão e querido do meu Corasão este não
sabe espilcar o quanto estimey as suas novas pois
quando o sor Belxior do Rego me mandou as suas car
tas pois não tive outras de vm pois lhe não sey em
careser a comsolasão que teve esta alma pois des
pois que deos levou quem deos tem tem sido a unica
pois em mim ja não pode aver alegria nem
gostos nesta vida; agora estimarei meu irmão
que vm pesue huma saude mto felis como
eu lhe dezejo pa meu emparo e de toda esta
sua caza; eu meu Irmão despois q dias levo
quem deos tem me tem dado huma tal teje e
dor no peito que estou deitando sengue pe
lla boca q na noute q deos o levou deitei tan
to e dahir me não tem deichado senão em
quanto estou com Remedios q ja me falta
o animo e vay por hum anno q ando tomando
leites de Burras q não tive mais Remedio q
compar huma e comendo carne atualmte
e asim o não fizeram ja os meos filhos não ti
nhão mais, mas agora de porximo me vejo bem
doente q não sei se verei mais novas de vm
nos seja o q deos quizer e se lembre deste fi
lhos porq eu ja não estou capas de nada asim
meu Irmão se vm me vise avia de dizer q não
hera eu e asim lhe digo q tambem não sei
se me atrirão alguns feitisos porq como des