PSCR0055 1544. Carta de João Dias, tecelão, para Francisca Nunes, sua mulher.
Author(s)
João Dias
Addressee(s)
Francisca Nunes
In English
Inglês:
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pa a mto prezada estymada
Frca nunez ẽ Odymira
mynha mulher
Snra molher
meu ds seja louvado sou ja fora do quaçere / E a
mays
dor que no
lovey
ey no casere e a mor trebulaçao q
nele
tyvy e nã poder saber Recado nẽ no
vas nenhũas de vos posto
q hos meos
ffos
ho fyzerão tã mall comomigo
q nũqua
deles ouvy Recado
nhũ e porẽ cõ tudo yso
E p sra molher os meus olhos nũqua erão
exutos e me
alẽbrar o vosso amor posto q
as vezes
me vossas q esquyvãças me vynhao a me
morya eu
as lãcava logo de mỹ poque
as vezes vos me daves
os bom cõselhos e eu nũqa
volos quys tomar porẽ a y
mall q as vez
es vẽ
po bem sabemos em
q cõ ajuda de
nosso
sor eu sou ffora do quaçere e derão me
esta
cydade d evora
po prysão / poque ho
sor
ymfamte avemdo
myserycordya de mỹ e
doutros muytos / e asy espero ẽ nosso
sor
q çedo me dara lugar pa
me yr pa la
pa vos ver poque outra
cousa mays não desejo
q vervos / eu sey q me não
vyestes vos ver
sẽ
vosa grande pobreza ao
glz veio qua e me deu
novas
de vos e me cõtou ho vosso desẽparo e eu muyto
ho creo poque
eu neste mũdo o que ca mays desejey de
vyr ẽ bonãça o quall vos nũqua ho
quysestes crer pois
logo o acabares de crer / sabẽns sra
molher q neste
mũdo mays não desejo senão de
estar mays dese tres
dyas cõvosquo e
entonces façades de mỹ aqui
lo
q
veja for seu sãto serviso / sabẽns
q foy
ho meu prazer tamanho quãdo me derão
as
novas de vos como ffoy o dia da
mynha sulltura
pq sabens
q mays vos tynha po
morta q
po
vyva aimda q viva cõ trabalho / eu
sra
vyvo cõ esperãnça de vos yr ver
mto cedo cõ ajuda
de
ds e peçovos mto
por amor de noso sor
q nã tomeys paixão po mỹ
mas ho
aves de fazer e ẽcomẽdades me nas vosas
horações e Rogar a
ds
q me acabe ẽ seu sãto
Svyso e poque sabẽns
q
ds
pmramte me
fazẽ
qua mta merçe poque me
fazẽ mta
mce todos estes grãdes e me dão ho que
ey mester / sra molher eu vos mynha
amada ho que eu cudey q tamto temo e trago
na alma eu vos tyvera mãdado allgua
cousa mas
po nã ter po quẽ
volo mãdar nã
mãdey la vos mãdo quatro vỹtes pre o po
tador
ao
glz
sra dayme mtas
ẽcomendas
a po de prata
e a sua fa e a seo Jenro
mell vaz e amdre
Roiz cabeção e a sua
molher frca de bayros
poq
todo sua caça
poque sey q lho
devo e a vos sra
molher fazey de gysa
q se lea esta carta porã ele
e
e
porq peço a võs sor
mell
Roz
q me tenhas
cargo desa molher como sẽprẽ tyvestes
e ysto
e em vos afrymo q vos mo devẽs
poque ao ẽ
temdedor pouquas
palavras / e agora não dygo
mays senão q senão
q vos mãdo beyjar
as mãos e vos Rogo
q Roygeys a noso sor
sor
po mỹ q me de graça
pa
q ho sva
e
allvo
ao meu copadre me day
mtas ẽcomẽdas
do voso marydo e grãde amygo
Joo dias
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