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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0267

1626. Carta de Diogo Fernandes, sapateiro e familiar do Santo Ofício, para Francisco Cunha, provisor e vigário-geral.

Autor(es)

Diogo Fernandes      

Destinatário(s)

Francisco Cunha                        

Resumo

O autor escreve relatando a sua incursão por outras terras em busca de fugitivos da justiça.
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Pormita Des ache esta a Vm Com prefeita saude Como este Criado lhe dezeja. o portador chegou a esta Cidade sesta fra nove deste janeiro pellas outo oras da noute e pello que se vai desCobrindo achamos que esta molher Com sua filha se tinha saido as seiis duas oras antes que elle Chegase e seu marido mtos dias dantes o juis Com o vigaro geral forão de pareser que eu fose em seu alcanse o que fis indo Luis nunes tambẽ pois estava retendo e reColhido em boa paragem o vigaro e juis ordenarão que se seguisẽ ate onde quer que fosẽ por todos emtenderẽ ser esta boa preza nos fomos tomar as partes todas que desta Cidade ha pa Castella e as alfandegas sabugal vilar maor alfaates todas as mais varedas que han as partes levando homẽs que as sabiam e mandando outros a outras partes e tudo isto foi feito debaixo da jurdisão do juis de fora dizendose hiam do reino sem lisenCa Cada delles queria dar o dro nesario pa estes gastos o vigaro deu des mil res dos quais se gastarão tres e se lhe tornarão sete o remedio que isto tem he dar reguroso Castigo aos que os levão e se isto não ouvir aConteserão bravas mizerias nestas partes porque aquelles que fazemos o serviso do santo ofisio somos tachados de mtos e os que favoresẽ aos Cristãos novos são queridos de todos e conto a Vm Caso que o portador vio e foi que nos apartamos elle e eu do outro na rapoulla de Coa elle avia de ir ao sabugal e eu a vilar maor e a noute nos aviamos de ajuntar em a villa de alfaates como ajuntamos nesta serve de juis tem e demarquado Cristão novo imteiro filho seu foi requerer ao ouvidor nos vise pedir conta das espingardas e pestoletes elle Como Bom vasallo do cristão novo o fes asim ao qual eu respondi que bẽ saBia quem o oBrigara a fazer aquella diligensia mas que nẽ asim saBeria quem eramos o ouvidor nos fes m reColher se neste Caminho emComtramos valentão a Cavallo Com homẽ de espingarda diante si e pelos sinais que nos derão os homẽs que levavamos do ftraje que elle hia em masquarado nos Comvinha Conhesello Como fizemos este me fiqua jurando pella pelle mas pormitira Des que lhe pase aquella colera numqua esta cidade esteve tão aparelhada pa se fazerẽ boas diligensias Como agora porquanto temos boas justisas porque todas são comformes o que numqua teve esta Cidade ao depois que eu a sei agora Vm ordene as Cousas Como for servido que qua não faltaremos Como leais vasalos e se digo mais de que devo dizer Vm me perdoe e se he justo que esta paresa emmensa sera pa grande m que Vm me fara e Com isto fiquo pedimdo a Des de a Vm o estado que lhe dezejo da guarda e de janeiro 13 de 626

Criado de Vm Diogo Frz

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