O autor relata à sua mulher, entre outras coisas, factos de um crime em investigação.
[1] | O meu corasão tem, não po
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[2] | des fazer ideia o
quanto o meu
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[3] | corasão fica de apaxonado
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[4] | em Rezão de tu me dizeres que
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ainda não vas milhor pois não
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[6] | ha coiza neste mundo que
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[7] | me possa dar
alegria em eu
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[8] | pensar que ei de estar viven
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[9] | do auzente da tua
companhia,
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[10] | e não te poder ser bom como
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[11] | que eu dezejo, mas agradese
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[12] | me
a boa vontade que eu
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[13] | tenho porque só Deos hé que
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[14] | o sabe qual ella hé, e
por es
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[15] | ta rezão a maior parte das
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[16] | noites passo sem dormir Só
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a comsiderar nisto mesmo,
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[18] | pois trago o meu corasão ma
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