O autor queixa-se de várias moléstias e da conduta D. Fernando de Ataíde.
[1] | que o fiçera por El Rei porque oje são quattro
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[2] | Dias que
se me abrio a apostema e logo me deo
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[3] | febre q estas
grandes dores de Caveza e da isto
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[4] | donde esta o mal q não sou senhor de me
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[5] | ter
na cama e õtem a noite çeei hũas alfaçias
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[6] | cuçidas e logo me creçeo a febre e pella mea
noite
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[7] | me deo frio e tornou a fazer Creçimento e nada
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[8] | sabe bem nem apeteço mais q
Vinho Puro
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[9] | alfaçia crua, isto he quanto aos meos
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[10] | e logo os q mais sinto he que Pidindolhe
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a Sr João fez que viese a minha casa e disese
q
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[12] | pois gastava sua fazendas me queria ter
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[13] | clarar donde elle quisese porq
assim q
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[14] | não so não ho fez mas nunca mais soube notas
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[15] | suas, mandou me melcochado
Para uma Capa e
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[16] | dous Jibãos um para Cunha outro Julgo eu para
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[17] | o
de Caceres. que elle anda buscando que se ganha
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[18] | o dinheiro e não fazermos nada porque o
qdo esta tão perto de se ver obrigado busca
com apariençias falsas Para que não se o efeito e se não veja ho Vm pois com
trinta
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[19] | dous mil Reis que elle me deo ten ja gastado
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[20] | de 94. e mais os melcochados E
outras tolliçes
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[21] | tem gastadas que se mollas dera juntas
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[22] | tudo acavado ha quinhentos annos e oje o
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[23] | mister de outra
maquina os zorros
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[24] | não Vierão nem Virão me pareçe
porque
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