O autor manifesta o seu apoio ao tio relativamente à condenação dos padres que assassinaram o seu primo.
[1] | Dezejo de verem ponidos semilhantes malevolos de de
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[2] | pravados custumes. ADeos, foi prezo o Padre
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[3] | João Bernardo por ter a destreza de roubar hum
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[4] | rebatedor em huma somma grande, o qual foi
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[5] | prezo no mesmo dia no fim de dizer Missa no Con
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[6] | vento do Carmo, veja que tal hé a raça, huns
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[7] | matão por officio, e outros roubão, digolhe, que
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[8] | são a deshonra da minha Patria, e contraste
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[9] | do Bispado de Coimbra; mas que ha de ser
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[10] | ahonde a Justiça daquelle Foro Despacha como
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[11] | se vê promovendo os Asasinatos para que sol
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[12] | tos continuem a matar de que lhe não conside
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[13] | re o Unico Filho que lhe resta seguro, de que tenha
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[14] | toda a cautella Esta carta lhe mando entregar
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[15] | por via da minha famillia por ignorar se voceme
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[16] | ce manda ao Correio; pois sobre este asumpto
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[17] | já lhe escrevi pello Correio de Cêa, e não tive resposta
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[18] | pode ser fosse á mão dos Matadores, porque ja tem
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[19] | por Custume tirar as cartas do Correio, e abrillas.
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Sou seu amigo, e sobrinho
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[21] |
Manoel Joze Lourenço da Fonceca
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