O autor descreve ao destinatário diversos factos do tempo que tem passado na prisão e das circunstâncias que o levaram para lá.
[1] | tratava em
lousa e que seus filhos lhe
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[2] | mandavam algũas cousas
por elle e
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[3] | que ho fazia por amor della o q podia e
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q dous dedos tambem lho emcomẽdava
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[5] | he eu lhe
disse que fazia bem que
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[6] | hera molher onrada e que seria bem
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[7] | paguo e
q eu tambem fizera o que
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[8] | pudera por amor
della e que lhe disse
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[9] | que eu fora a trancoso ho sam
bartholo
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[10] | meu pasado e que vira seus filhos e
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[11] | estivera em sua casa
q estavão de sa
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[12] | ude e tambem por isto
apertão comigo
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[13] | q este parece o confessou quãto ao
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brandão pouco tempo antes q ho
fazer
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[15] | fora este mão me disse que fazia
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[16] | por amor
della de sua mai digo o q po
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[17] | dia e
q dous dedos lha ẽcomendava
mto
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[18] | e que lhe dera hũa carta e
outros
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[19] | recados pa ella eu lhe disse que
fizesse
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[20] | tudo o q pudesse
q senão arepender
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[21] | disso
porq eu o mesmo fazia e que lhe dese
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minhas ẽcomendas e por tudo isto qua fui per
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[23] | guntado. he como aqui cheguei onde
agora
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[24] | esta loguo veo o coadros e me fez duas
audias
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[25] | dizendome
q de Lta graos
q merecesse de
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[26] | penna nam avera cinquo e senão
q
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[27] | doutra maneira seria digno de
mto castigo
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[28] | e neste tempo foi o cardeal
pa
evra e elle
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[29] | foi com elle e não tornou senão este
sam
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[30] | joam pasado fez hum anno e veo aqui
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[31] | seu escrivão he me disse
q quisese
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[32] | confessar a
vdade de minhas cullpas por
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