Um indivíduo não identificado, que se assina F. G., avisa o destinatário da existência de um recetador para um roubo de que ele é queixoso. Transmite também uma série de acusações em relação à capacidade de figura, o 'Compadre', responsável pela fabricação de testemunhos falsos.
[1] | o Compe diz, e quer que se diga, pela sua riqueza
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[2] | e sim como diz que o ha de queimar, pedindo-lhe
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[3] | injuria perdas e danos: eu ja á muito tempo q
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[4] | tenho querido fazer-lhe este avizo por descargo da
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[5] | minha alma, o que não podia ser por eu não sa
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[6] | ber escrever, agora o fiz por achar quem mo fize
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[7] | se, hei de estimar que Vmce axe tudo que lhe di
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[8] | go serto, pois neste Lugar todos sabem q elle hé
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[9] | hum Ladrão refinado, e se calarão o que sabem
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[10] | hé pella dependençia q teem do Compe Vmce
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[11] | sertamente não tem dito ao seu Letrado, q as teste
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[12] | munhas q derão a favor dele, hé o mesmo Compe
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[13] | e a nora do Compe a maria do Compe pois nem
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[14] | o Escrivão lhe deveria tomar semelhantes teste
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[15] | munhas
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[16] | F. G.
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