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Maarten Janssen, 2014-

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1606. Carta de Valério de Abrunhosa para Gastão de Abrunhosa.

Author(s) Valério de Abrunhosa      
Addressee(s) Gastão de Abrunhosa      
In English

Private letter from Valério de Abrunhosa to Gastão de Abrunhosa.

The author complains about the lack of news, from the recipient and their cousin, Alexandre de Abrunhosa.

The defendants in these processes are Alexandre de Abrunhosa and his cousin Gastão de Abrunhosa, who, as other family members, were accused of Judaism in 1602. Alexandre de Abrunhosa, his sister Isabel de Abrunhosa, and his cousin, Ana de Abrunhosa, all lived in Lisbon, parish of Martyrs, where they had taken refuge to escape the wave of arrests made by the Inquisition in Serpa. Nevertheless, they were arrested in 1602. They were released in 1605, thanks to a pardon granted by the pope, largely because of the steps that Gastão de Abrunhosa promoted in Rome. Gastão de Abrunhosa fled to Spain in 1602, following the arrest of his cousins. In letters sent from there to Nicolau Agostinho (PSCR1317 and PSCR1318), it is clear that his intention is to move to Rome in search of justice. This letter (PSCR1313) was handed over to the Inquisition, along with other three, by António Borges, who found a packet addressed to Alexandre de Abrunhosa. António Borges had picked the packet at the home of the local postmaster he thought that perhaps there was there some letter related to him. There was indeed, and he also found some other letters with words that he thought were suspicious, which led to him delivering them to the Inquisition.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 74r > 75v

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d flca a 10 d maro 1606
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Vm se queixa q eu não escrevo e não passa

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correio q não leve carta minha ora porq
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não hai q escrever serei breve lhe dizer
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q tem jaa dous correios q não vi carta sua
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querera ds q seja ou por não querer ou
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por não aver que, q me cötento,
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tanto q tenha vm saude e os q lhe
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bem querem q não ficarei eu a menor
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parte, dias ha não vi carta de Alexre
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d abrinhosa nem sei o q determina se faz
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pensamto de se ir viver a esse reino de
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castella, q se ora la estivera deserto
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com sua casa se me offereçeo estes dias
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ocasiam de poder aver cartas de favor pa
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monsor Nunçio em espagna q per
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a ventura o favoreçera em algũa cousa
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porem não sei q me lhe fazer cousa
[19]
q eu lhe aja dito nunca lhe pareçeo
[20]
bem, o q ds dee Remedio a quem o
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ha mester, caa se diz dessas
[22]
prizõis de grandes homẽs é cousa de
[23]
grande conseguençia e consideraçam
[24]
o sr ds os livre e lhes faça aministrar
[25]
boa justiça, escrevi a vm açerca dos
[26]
papeis seus q caa deixou, mandeme dizer
[27]
se quer q lhos mande ahi a castella porq em
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lisboa os quererão leer e ver. o sr ds a
[29]
guarde como deseja, mandeme dizer como esta o
[30]
negosio e lite do sr gioam d abrignosa seu sdor
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valerio brignosa

[32]


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