O autor relata o que tem passado e garante o envio de certas encomendas, transmitindo muitas lembranças a familiares e amigos. Comenta uma série de factos que tem vivenciado naquelas partes do Oriente, como sejam a prostituição, o custo em amealhar dinheiro, a carestia dos bens, as ordens régias que obrigavam à permanência por longos períodos e os salários competentes, as relações adulterinas dos portugueses, o seu desinteresse em manter contacto com as suas mulheres e família em Portugal, entre outros.
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[2] | com ajuda de deos principio de ter quatro vinteis de meu pa
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[3] | ir ver a Vm e emquanto, não for andoos ajuntando não
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[4] | faltarei a Vm emquanto qua estiver sempre com o que
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[5] | puder, eu mandarei o vestido pa nossa snora a Vm o mais
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[6] | depresa que puder mandeme Vm dizer quando me escre
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[7] | ver, se Cazou outra ves porque o sonho as mais das noites
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[8] | e festizalo hei mto e farei com hesa snora de que o tenho
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[9] | de obriguacão a quem pesso se asim for que tenha mto cudado
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[10] | de Vm e da sua linpeza semelhante quem esta em gloria
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[11] | tenha de Vm não falo a Vm em joão Remes porque me
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[12] | deu por o que lhe fis na sua doensa e mais seu filho bom
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[13] | paguo aserqua do que tinha fiquado comigo mas he mais
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[14] | amiguo de tres copos e he os de bom vinho que de dous so elle
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[15] | por ter o veador, da fazenda fiquou trabalhando pello
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[16] | seu oficio em goa em Caza de anto de siqueira meus recados
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[17] | me de ao sor Jorge vas e ao sor anto roiz, a bencão de deos
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[18] | e a de Vm me acompanhe e me ajude e me emcaminhe
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[19] | por onde for e andar e me leve mto sedo diante dos olhos
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[20] | de Vm antes que nosso sor o leve pa sim a quem ds gde por lar
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[21] | gos annos como este filho de Vm lhe dezeja de diuu
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[22] | hoje vinte de dezenbro de 633 annos
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[24] | Dominguos Montro
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