O autor dá notícias ao seu irmão, apresentando-lhe as suas contas e pedindo-lhe que o venha visitar a Madrid, com o seu primo.
[1] | porque estou serto que se não for a poder de avexasois e forsa de
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[2] | justisa não an de pagar eses henemigos, e eu tão mofino que
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[3] | ha quatro mezes que grito a Alexandre meu primo que mos
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[4] | execute te os desonrrar e não ha remedio concluir e eu não
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[5] | posso hir a ese reino e o fundamto de não poder hir la he por
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[6] | vosas merces todas teren honrra e fazenda que con falsi
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[7] | dades lhe querião roubar se quiser botar detras das
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[8] | costas o parentesco sangue amisade e obrigasão isto
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[9] | parese que basta a obrigar a vosas merces me valeren
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[10] | nesta tão grande nesesidade que lhe afirmo
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[11] | o que tenho nese reino he omo fundamento de
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[12] | meu remedio e são as partidas seguintes
Item dusentos e corenta mil rs da letra de
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[13] | graviel ribeiro e diogo duarte - 240$000
Item oitenta ou sen mil rs da desima e inovasão
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[14] | das casas da rua nova - 096$000
Item corenta mil rs da minha tensa do anno pasado
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[15] | e deste - 040$000
Item noventa e sete mil rs que me deve Alexandre
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[16] | d abrinhosa meu primo afora o meu fato - 097$000
soma quatrosentos setenta e tres mil rs. 473$000
não falo no rendimto das casas e foro do natal pasado porque
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[17] | iso escrevo alexandre d abrinhosa meu primo o pague la
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[18] | a hũ aires gomes de quen eu ca cobro setesentos e
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[19] | quatro reales que terão de despesa obra de sen reales
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[20] | como lhe aviso asi que lhe restarei a dever seissentos
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