O autor dá várias notícias ao tio, entre as quais a da morte da mãe dele, sua avó, e a de um tio, Luís Aires, e informa-o sobre questões de dinheiro, sobre os negócios de ambos, sobre comércio e esmolas que quer fazer. Pede-lhe ainda que lhe escreva sempre que algum navio partir da Bahia, pois há muito que a sua família não recebe novas dele, estando todos preocupados. Agradece-lhe o envio de vários alimentos, que afirma ter distribuído pelos familiares. Notifica-o ainda sobre as prisões, pela Inquisição, de várias pessoas de Castelo Branco. Tendo, entretanto, recebido uma carta do tio, acrescenta os seus agradecimentos pela missiva e descreve a alegria de todos pelas notícias recebidas.
| [1] |
|
|---|
| [2] |
tenpo adiante he que tera sahida, A cauza de Agravo
|
|---|
| [3] |
com Luis Mendes de morais em que pede des mil cruzadoz de in
|
|---|
| [4] |
juria fica na mão do pro juis suponho termoz sentenssa a nosso
|
|---|
| [5] |
favor e nella não tem feito coiza alguma frnco da guama so
|
|---|
| [6] |
eiro, mais que con palavras de q he abundante, a outra cauza
|
|---|
| [7] |
sobre o Pataixo com do Morais sahio há dias em pte por noz e nou
|
|---|
| [8] |
traz contra, porque confirmarão a sentensa que desta rella
|
|---|
| [9] |
ção veio, o nosso letrado me dis que avemoz de enbarguar e neste |
|---|
| [10] |
particular ezcreve mais larguamte a nosso thio e sro Mel
|
|---|
| [11] |
Mendes hum Palisitto Zurita amo de Anto da fonca tavares a qem
|
|---|
| [12] |
do sro nosso thio ezcreveo pa tomar a seu cargo da cauza, e eu
|
|---|
| [13] |
emcarreguei a do Zurita por me pareser homem de satisfasão
|
|---|
| [14] |
a cauza da injuria e pa anbaz lhe thenho asistido com o dro
|
|---|
| [15] |
nesesario.
|
|---|
| [16] |
Resebi az vinte e quatro xaz de 36 que Vmce nesta Frota carre
|
|---|
| [17] |
gou por sua conta, consinadas a mim cujas ficão vendidas
|
|---|
| [18] |
vinte e duas a mil e sincoenta rs e duas a mil duzentos e vinte
|
|---|
| [19] |
e suposto Vmce m encarrese tanto sua calede comrezponde
|
|---|
| [20] |
mal o que Vmce me dis com o que ca se vio pois furando as oito
|
|---|
| [21] |
que vinhão com o mtre Po Lopez dos Reis no Navio N Sra da
|
|---|
| [22] |
Nusiada digo N Sra da Piede az achei todas oitto tão infriores
|
|---|
| [23] |
de umidas e pretas que em lugar de deverem ser Brancas |
|---|
| [24] |
erão cor de tabaco como podera a Vmce dizer João Rois da Costa
|
|---|
| [25] |
que lhe mostrei as mostras e estive pa az mandar a Vmce
|
|---|
| [26] |
pa que az visse e considirando eu que az mais asim sai
|
|---|
| [27] |
rião achei conviniente o fazer venda delas e folguei mto
|
|---|
| [28] |
achar qem dese a 1050 rs por @ cativa em tenpo que do Ryo
|
|---|
| [29] |
se venderão asucres B que provarão bem este anno
|
|---|
| [30] |
por menos e muitos machos da Ba se venderão por onze
|
|---|
| [31] |
doze toistois, asim que me ademiro o que ca mostrarão
|
|---|
| [32] |
os Batidoz, guauardomoz Vmce tanto e que alguns erão
|
|---|
| [33] |
milhres que B machos e quem os conprou foi por ver a car
|
|---|
| [34] |
ta de Vmce que lhe mostrei e agora vendo como lhe saiem
|
|---|
