O autor dá várias notícias ao tio, entre as quais a da morte da mãe dele, sua avó, e a de um tio, Luís Aires, e informa-o sobre questões de dinheiro, sobre os negócios de ambos, sobre comércio e esmolas que quer fazer. Pede-lhe ainda que lhe escreva sempre que algum navio partir da Bahia, pois há muito que a sua família não recebe novas dele, estando todos preocupados. Agradece-lhe o envio de vários alimentos, que afirma ter distribuído pelos familiares. Notifica-o ainda sobre as prisões, pela Inquisição, de várias pessoas de Castelo Branco. Tendo, entretanto, recebido uma carta do tio, acrescenta os seus agradecimentos pela missiva e descreve a alegria de todos pelas notícias recebidas.
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[2] | Senpre quando vem são a pares direi mais que em o pren
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[3] | sipio de Abril pasado foi tanbem Ds servido levar pa sim
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[4] | a meu Thio e sr Luis Ayrez estando somte tres dias de cama
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[5] | que em pte lhe fez o mesmo sro mta mce em o levar pa sim ale
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[6] | viando, do mto que padesia nesta vida que em tal tenpo mais
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[7] | se devem estimar o morrer que viver e mto mais a estes defu
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[8] | ntos que era ja tão penoza a sua vida, e entre tantas
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[9] | ocazions de penas o que a Vmce posso segurar, pello que me
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[10] | avizarão he que se Vmce se achara em Alcais na ocazião do
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[11] | falesimto de ma sra avoo, q santa gloria aja se não faria
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[12] | o seu funeral com mais ponpa e grandeza do que fez
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[13] | meu pro Duarte Roiz Mendes que sentindo eu o não me
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[14] | achar naquela ocazião la nem aver tempo pa se me poder
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[15] | avizar me segurarão na fizera falta a ma asistensia
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[16] | pa que se deixase de fazer mais do que a terra prometia
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[17] | e que so naquela ocazião he que mtoz mostrarão serem
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[18] | amigoz de Vmce e que tem muitoz naquela Provinsia, o q he
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[19] | mto de agradeser no tenpo prezente, a ma May o maior
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[20] | sentimto que aconpanha cuja pena se lhe não olvidara nu
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[21] | nca da memoria, he o ver que levou Ds a sua May sem
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[22] | que se achase com filho algum a ora da sua morte a sua
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[23] | cabeseira criando tantos, e que sem se despedir della
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[24] | se veio de Caslo Brnco pa jamais a ver, e com estas consi
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[25] | derasoins anda continuamte lamentando sem ademi
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[26] | tir razão alguma que eu lhe porponha, que lhe digo a Vmce a tem
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[27] | acabado bem este susesso, e mto mais na consideração do mto
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[28] | que Vmce ho ha de saber sentir e parese he Ds servido
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[29] | que não va Navio algum pa esse porto sem que nelle
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[30] | a Vmce vão novas que por tantas vias lhe motivem senti
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[31] | mto mas são coizas estaz que eu a Vmce não posso ocultar que
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[32] | a serme posivel o fizera so por conheser o mto que
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[33] | Vmce toma a peito e sabe sintir qualqr coiza
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[34] | e antes que pase a particulares de negosio he presiso dar
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[35] | a Vmce huma satisfasão ao que a Vmce avizou Cna Mendes
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