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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

1821. Carta de Inácio José Brilhante, marchante, para seu irmão João Brilhante, marchante.

Autor(es)

Inácio José Brilhante      

Destinatário(s)

João Brilhante                        

Resumo

O autor dá conta ao destinatário das diligências que tem tomado em relação ao negócio do gado.

Texto: -


[1]
João, Santarem vinte e quatro de Janeiro de mil oitocentos e vinte e hum,
[2]
Onte á noute chegou o portador desta a Quinta com dez Bois os quaes ainda não vi e por isso nam posso dizer o que são o que farei pelo Correio,
[3]
elle vendeo os seos no caminho,
[4]
remeto a pél que existe para as Calças,
[5]
e não vai a Jaleca porque por mais vezes que a tenha mandado pedir a Antonio Manoel, ainda me não foi possivel obter delle o remeterma
[6]
mas se a obtiver logo t'a remeto,
[7]
e emquanto as Burrachas julgo estarás de posse delas porque á muito t'as remeti digo á muito que t'as remeti
[8]
e custarão mil e novecentos reis.
[9]
O Cavalo está muito gordo
[10]
e ese hera de pareçer que se vendese visto que á quem o compre
[11]
porque estes aqui nenhuma pessoa athe hoje me tem offerecido hum vintem por elles á excepçam do Ronca que me dava nove moedas pelo preto
[12]
e he consiencia dalo por tal dinheiro mas a despeza he muita e os interesses nenhums
[13]
não á remedio senam vender-se hum ou outro
[14]
e dirás qual queres que se venda o ese que tens ou dou este ao Ronca o que espero me digas quanto antes,
[15]
mandei citar Mathias servolo
[16]
recebi o dinheiro sendo de menos seis mil reis
[17]
e agora está de volta commigo que ontem fui notheficado para hir a Lisboa com huma Leva
[18]
e nam me quer aceitar hum homem quer que eu Que eu pessoal
[19]
veremos o que resulta
[20]
e no entanto sou teu Irmão que a vida te dezeja Ignacio
[21]
Ao portador des dois mil e settecentos reis que lhe descontarás em sua Conta

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