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Maarten Janssen, 2014-

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1825. Carta de Fradique Loureiro, criado de servir, à sua amada.

Autor(es)

Fradique Loureiro      

Destinatario(s)

Anónima4                        

Resumen

O autor defende-se perante a amada de acusações que julga injustas.

Texto: -


[1]
Minha Crida
[2]
mto Estimo a sua saude e da sua Mei e da mais famillia da Casa pois a ma he boa pa e tudo lhe dar gosto
[3]
ma Crida tenho pezar de não poder aparçer nesta Rua pur via do ferrão que me quer armar hu-m Crime
[4]
pois tudo Com mintir-a que eu lhe farrei huma fa-cada numa Besta
[5]
pois tudo he pur via do Bariga de Bixo do Cachiro que me quer pren-der e deitarme pur huma B-arra fora
[6]
pois eu Como não tenho Crime Algum não me temo de nada deste mundo
[7]
pois eu quero ver nu que histo para que se for contunuando que me queirão prender eu pego e mim e vo aSentar praça nu Rigimento de Cavallaria N 1 da Alcantra
[8]
mas quero o otro dia
[9]
apezar de eu hir morrer o Cais de tongo vinho aqui quando helle Estiver atras a porta pa dentro ferrolhe hum tiro
[10]
e conte helle Se me fizer hir a Catibar que eu Veiga que não tem rremedio Conte que o ferrão não devo 8 dias
[11]
eu hirei pa e ferino
[12]
mas Conte que se ha de Lembrar que fas huma Criença que não tem barba
[13]
se eu fizeçe Mal Alguem podia eu ter medo;
[14]
ma Crida hes aqui o que se paça he heste Dias
[15]
fara mtas Saudades á sua Mei e as meninas
[16]
e as minhas pa Comsigo não tem fim
[17]
deste seu amante do C
[18]
se eu for asantar praça me paçarei aqui Algumas vezes mas não Venho Ca sem vir fardado e Com heste
[19]
e Vome fazer desgraçado q Conto não me aCabo de cazar
[20]
Deos ma Crida do Cor
[21]
mesmo aSim quero ho Conçelho Seu
[22]
D
[23]
M S Fradique de Loreiro

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