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Maarten Janssen, 2014-

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1607. Carta de Álvaro Belo, frade, para a Jorge de Melo e Salvador da Teixeira, inquisidores.

Autor(es)

Álvaro Belo      

Destinatario(s)

Jorge de Melo                        

Resumen

O autor refere-se à sua doença e menciona as más condições no convento onde se encontra.

Texto: -


[1]
Despois q me apartei de Vsms estive na Enfermaria dessa çidade mui mal sangrado E purgado, alem de dous acçidentes Em q me vi morto. E posto q ao Peres pareçeo temeridade estando tal querer partir me assi pa casa:
[2]
todavia despois me deu lça E mto resguardo me parti domingo vespora de Natal ainda q olho mais arrisquado.
[3]
Qua tomei huãs pirolas, E fis outras diligençias:
[4]
mas comtudo tenho çesões cada dia
[5]
E estou mto perigoso pello sitio da casa q he tal, q mais de 50 religiosos se ido desta casa estes ãnos por do-enças, q todas ficã aqui incuravẽs, E ainda nas patrias a saude vagarosa.
[6]
E assi nhũ de qtos aqui adoeçerã nunqua qua mais tornarã, q lhes fosse forçado tor-narẽçe a ir de todo.
[7]
E na Enfermaria desse convto estã agora desta casa sinquo frades pregadores, cõfessores E de serviço;
[8]
E todos pa se ficarẽ, os mais, p suas patrias.
[9]
Pello q pesso a Vsms me dem lça pa me ir a setuval minha patria, onde Vsms terã a sua obia:
[10]
E podendo, seu recado serei onde me mandarẽ.
[11]
Xo todos E gde a Vsms etc.
[12]
Deste convto de Na sra das Pedantes de Alvito a 22 de janro de 607
[13]
fr alvaro Bllo

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