Author(s) |
Gaspar Francisco de Sousa
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Addressee(s) |
Sebastião Luís da Silveira
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In English
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Private letter from Gaspar Francisco de Sousa to Sebastião Luís da Silveira, priest.
The author tells his friend the latest news, namely about his brother's ultimatum for him to go to Angola or India.
On January 23, 1779, Gaspar Francisco Mexia Galvão de Sousa was made a prisoner in the Tower of São Julião da Barra at the request of his brother, Lourenço Anastácio Mexia Galvão de Sousa. After a few months, also following a request of his brother, the communication between Gaspar and the priest Sebastião Luís da Silveira, his friend and solicitor, was interdicted. When he knew about this impediment, the priest directed a request to the Ministry of the Kingdom so that he could communicate again with Gaspar. The applicant includes in the process a number of documents, including certificates of witnesses who claim that father Sebastião is a person of trust, and also letters that he received from Gaspar and Maria Elena (a sister of the prisoner), and three letters sent to Gaspar by a cousin (Bartolomeu de Sousa Mexia). These documents are intended to prove that all these people consider that it was Lourenço who planned the detention of his brother, so as to take his share of the inheritance. Maria Elena, sister of both, was not a threat to Lourenço's plans to become the sole heir of their parents, since she lived in a convent as a recluse. Gaspar would be freed later that year, going to live at his brother Lourenço.
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Ao e Snr do C Saberá q segunda fra me mandou
dizer meu Irmão pelo Bmeu q eu lhe disera a elle
em Queluz dia dos anonos d el Rei q era precizo ver o ca-
minho q eu avia de ter; e q como lhe respondera lhe daria
a reposta a S Exa, me mandava dizer q escolhese hir ou pa
Angola, ou para a India para asim requerer o que eu
quizese: Fiquei eu pensativo; mas não por muito tem-
po, porq logo me descubrio o do Bmeu q o q Bisconde lhe
tinha dito fora, q era tempo de eu sahir, e q não havia de
estar sempre prezo; e q o meu Irmão o mandar-me fazer a
quela escolha, era para ver se eu cahia em escolher al-
güa das duas partes, e elle com a ma Carta fazer requeri-
mto fingindo ser ma vontade, e pregar-me o calo; porem
eu meditando nisto escrevi-lhe e mandei-lhe dizer, que
nem pa huma, nem para outra parte queira hir; pois eu não
tinha cometido couza para me Castigarem: Foi a Car-
ta, e Bmeu e logo hontem 3a fra pela manham veio o do
Bmeu outra vez com hüa Carta de meu Irmão onde
me dezia, queria saber a vida q eu queria seguir, para Com
a dita reposta falar ao Bisconde: Acabei de Ler a Carta
e virando-me pa Bmeu lhe dise q estranhava a aspereza
do recado q me trouxera, e a brandura da Carta Com elle me
escrevia: respondeo-me Bmeu q meu Irmão ja não falava
em Angola e India, e q me mandava dizer queria saber
o estado q queria eu seguir, fosse o q fosse ou Clerigo, ou fra-
de ou sentar prasa; e q meu Irmão andava com seu re-
ceio q a Rainha me mandase soltar: Com estas informaso-
ens, fiz a reposta a meu Irmão, onde lhe mandava dizer, q
como elle dezejava saber a vida, que eu queria seuguir devia
supor, q queria lhe falase sinsera e verdadeiramte, e q nes-
ta já era obrigado a dizer q a vida q queria seguir era
a militar, e q perdoa-se elle se eu o não obsequiava na ma