Representação em facsímile
1809. Carta atribuída ao Padre António Vidal Ferreira Pinto, assinada com o nome Godinho de Albuquerque e enviada a António Simão de Oliveira.
Autor(es)
António Vidal Ferreira Pinto
Destinatário(s)
António Simão de Oliveira
Resumo
O destinatário da carta é insultado e ameaçado por andar a maldizer um padre da terra.
Caridade, metei a vossa lingoinha no Cu, ou
pon
de hum freio na boca, e se não tiverdes algum que vos
sirva mandaimo dizer, pa vos
mandar fazer hum
q vos contenha no modo de falar, aliás
estais em
maos lansois; porq eu ouvi dizer ao dito
Pe
qdo veio a esta Cidade,
em q se falou em vós,
q
esperava ocazião de vos agradecer os vossos elogios;
lembraivos, q elle tem
amigos, e está na aceita
ção de mtas pessoas de
bem nesta Cidade, e q o acre
ditão mto e tambem he constante q o
Coronel de
Guimaraens he seo Ao a qm
o mmo Pe communica os
vossos dilirios, e
de outros, tambem, da vossa religião
lembraivos q sois mto verde, como vos
chamou o do Coro
nel, hua ves, q vos ameaçou com a cadeia, por seres
bacharel,
daqui podeis infirir, q he mor perder
por carta de menos, que por carta de mais: acom
panhai com os bons; vede
o cazo que fazem de vós;
lembraivos da supradita noute de Natal, em caza do
referido
Joaqm Mel, em q toda a noute asociastes com
o seleiro,
em q papastes por Albardeiro, e q cosmes
tes á
meza em pe, como oficial de Albardas, sen
do vós hum oficial de Malias:
tudo efeitos de
vós seres hum verdugo contra o Pe de qm o dito
Joaqm
Mel he mto amigo
Estas, e outras mtas notas q por
falta de tpo vos
não relato, me tem ferido os ouvidos,